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Biografia
Antonio Carlos Secchin

Nasceu em 10/06/1952, em Cachoeiro de Itapemirim, ES. Ensaista, professor (Doutor em Letras), bibliófilo, crítico literário e poeta. Passou a se destacar como crítico literário a partir da publicação do livro João Cabral: A poesia do menos, o qual foi contemplado com dois importantes prêmios: Instituto Nacional do Livro (MEC) e o Sílvio Romero (ABL). Dedicou-se a esmiuçar a obra de João Cabral por mais de 30 anos, que foi a matéria de sua dissertação de mestrado, tese de doutoramento e o trabalho de pós-doutorado. Tal dedicação rendeu-lhe uma profícua amizade com o autor de Morte e Vida Severina, que chegou a afirmar: "Foi quem melhor analisou os desdobramentos daquilo que pude realizar como poeta". Além dos estudos sobre João Cabral, publicou os livros A ilha (1971), Ária de estação (1973), Movimento (1976), Elementos (1983), Diga-se de passagem (1988), Poesia e desordem (1996), Todos os ventos (2002), Escritos sobre poesia e alguma ficção (2003), 50 poemas escolhidos pelo autor (2006), Memórias de um leitor de poesia (2010). Além das atividades acadêmicas, é um garimpador de textos literários de qualidade e esquecidos nas prateleiras dos sebos e antiquários. Nesta condição resgatou e coordenou a edição de diversas preciosidades da nossa literatura. Em 2009 encontrou outra raridade: poemas inéditos de Carlos Drummond de Andrade, acompanhados de manuscritos com comentários do poeta, trazendo aos leitores fontes importantes sobre o autor. Desse garimpo resultou a publicação do Guia de sebos (2003), já em sua 4ª edição. Seu trabalho crítico, ao se debruçar nas obras de autores como: Álvares de Azevedo, Cruz e Sousa, Cecília, Drummond, Quintana, João Cabral, Ferreira Gullar ou de ficcionistas como Machado de Assis ou cronistas como Rubem Braga, sempre nos oferece uma visão inovadora dos autores, com sua análise precisa e sua refinada capacidade interpretativa. Sua faceta poética foi expressada com a publicação do livro Todos os ventos, com o qual recebeu em 2002 o prêmio da Academia Brasileira de Letras. Assim foi revelado o poeta com sua capacidade de criar, mesclando o rigor estético à criatividade poética. O crítico abre espaço para o poeta, que reflete sobre o ato criativo: "Uma escrita / é uma escuta / feita voz/ mar de mármore/ ou de papel/ lançado a esmo...". As várias vozes do crítico, do poeta, do professor, enfim, do homem das letras, se reúnem em Todos os ventos. Em 2004 entrou para a Academia Brasileira de Letras, e no discurso de posse privilegiou os poetas ao destacar um belo trecho da obra de Cecília Meirelles: "Como os poetas que já cantaram,/ e que ninguém mais escuta,/ eu sou também a sombra vaga/ de alguma interminável música. Mantém uma intensa atividadade literária com centenas de palestras no Brasil e no exterior, com participção em editorias e conselhos editoriais de 42 publicações periódicas literárias nacionais e estrangeiras.

Além das premiações citadas, foi agraciado com Prêmio Alphonsus de Guimaraens, da Fundação Biblioteca Nacional (2002); Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras (2003); Prêmio Nacional do PEN Clube do Brasil (2003). Sua mais recente publicação é João Cabral: uma faca só lâmina (2014), uma revisão e ampliação de toda a obra do poeta pernambucano.

 

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