Nasceu em Ipueiras, CE, em 08/01/1917. Jornalista, poeta e escritor. Membro da Academia Brasileira de Filosofia, da Academia Brasileira de Hagiologia e do Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura do Brasil. Era um dos mais respeitados escritores brasileiros no exterior. Católico praticante, pertenceu ao movimento integralista, tendo estado preso dezoito vezes durante as ditaduras de Getúlio Vargas e de 1964-1985. Numa delas, ficou no cárcere cinco anos e dez meses (1942–1948). No documentário "Soldado de Deus" (2004)[1], dirigido por Sérgio Sanz, Gerardo Mello Mourão declara que saiu do integralismo no período em que esteve preso pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, e afirma, contundentemente, que "foi" integralista e não o era mais desde então. Em 1968 é novamente preso, acusado dessa vez de comunismo pelo AI-5 no período da ditadura militar; nessa ocasião divide cela com nomes como Zuenir Ventura, Ziraldo, Hélio Pellegrino e Osvaldo Peralva. Já na maturidade, foi candidato a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras e foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura em 1979. Em 1999 ganhou o Prêmio Jabuti pelo épico Invenção do Mar. Gerardo Mello Mourão é pai do artista plástico Tunga, que tem sua obra reconhecida internacionalmente.
Obras: Cabo das Tormentas (1944), A invenção do saber (1983),O valete de espadas (1960), O país dos Mourões (1964), Peripécias do Gerardo (1972), Rastro de Apolo (1977), O sagrado e o profano, As vizinhas chilenas (1979), Suzana 3 - Elegia e inventário (1998), Cânon & fuga (1999), Invenção do mar (1997), O bêbado de Deus (2001), Algumas partituras (2002), O nome de Deus (2007 obra póstuma). Faleceu em 09/03/2007.
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