“Em matéria de métodos, manias e superstições relativas ao ato de A Escrita, confesso que já fui bastante FRESCO nessa vida. Houve época em que achava ADEQUADO o uso de muletas mentais (ref. cit. apetrechos), tais quais CHAPÉU PANAMÁ e MÁSCARA DE BORRACHA – essa não resistiu ao verão cataclísmico de 1999 – e o consumo de DRINKS variados (destaque para minha receita particular de CHOCONHAQUE, preparado com Nescau e vodca). Também passei uns bons seis anos acreditando que, sem uma JANELA pela qual pudesse FITAR o horizonte, nada de importante poderia ser feito, mas desde que me mudei para um prédio sem vista entendi que tudo não passou de MELINDRE infundado, e que nada disso fazia a MENOR diferença para o que ou como eu escrevia. Algo que pode, entretanto, ser citado para que não pareça que sou totalmente REGULAR é o fato de eu necessitar de muita PLACIDEZ quando escrevo, motivo pelo qual SEMPRE escrevo de madrugada e, de preferência, SOZINHO. Uma outra pessoa na sala, mesmo completamente IMÓVEL me tira totalmente a concentração. Ao mesmo tempo, por mais contraditório que seja, necessito de alguma espécie de MOVIMENTO no ambiente, por isso escrevo sempre sentado de frente para uma televisão ligada, quase sempre sem volume. De tempos em tempos, troco de canal.”
Fonte: http://michellaub.wordpress.com (23/10/2012)
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