"Não pesquiso. É o que vivo. Pelo menos no meu modo de ver, pesquisa não funciona. Vai ficar chato, aí não vale a pena fazer. Gosto daquele cara que escreve romances de ação, o Frederick Forsyth, li dois de seus romances, O dia do chacal e Selvagens cães de guerra. Ele faz pesquisa , vai aos locais, armazena dados, orienta uma série de informações embicando para seu trabalho, aí começa a escrever. Deve ser o jeito que ele gsota de fazer. Eu não gostaria de fazer uma coisa assim. O que não vem, o que Deus não dá, não tomo".
Fonte: Um escritor na biblioteca: 1980. Curitiba: Biblioteca Pública do Paraná, 2013.
"Sigo o conselho de Maiakóvski que, no livro Como fazer versos, recomenda que o escritor sempre ande com papel e caneta. Aliás, o poeta russo fala em lápis e caneta. Tenho papel espalhado pela casa inteira, nos bolsos, no carro, viajo com papel. Porque a ideia surge, anoto no mesmo instante e depois desenvolvo no computador. Escrevo, principalmente, de manhã. À tarde, às vezes sim, às vezes não. No mais, vou pescar, cuidar da chácara. É como diz o doutor Drauzio Varella: “Para você não cair, fique atento o tempo todo”. Se você quer ser escritor, ande com papel e caneta".
Fonte: http://www.candido.bpp.pr.gov.br (01/07/2015)
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