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Como escrevo?
João Paulo Cuenca

"Não tenho horário para fazer nada. Não tenho nenhum método de sentar no computador para escrever. Só sento para escrever quando não agüento mais. Eu penso muito no assunto antes de escrever. Por exemplo, estou escrevendo o livro da viagem ao Japão e não paro de pensar neste assunto. Sonho com o livro e sento num bar pensando nele. Passo a olhar o mundo com um filtro muito específico. Acho coisas do meu livro na rua e guardo. Eu gosto muito de andar observando as coisas no meu redor".

Fonte: www.21mypage.com.br (02/08/2009)

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“Adoraria listar minhas anedóticas manias de escritor, mas não creio que existam. Eu simplesmente escrevo com o que (es)tiver à mão, normalmente computadores – ou canetas de bico fino e tinta preta sobre caderninhos franceses com papel pólen bold, que sempre levo no bolso. Costumo ouvir música, e posso ouvir os mesmos cinco minutos por horas de maníaca repetição, conforme o estado mental ou ritmo que desejar imprimir ao texto – Mahler ou Radiohead, Keith Jarrett ou Sufjan Stevens etc.  Não esquecer do Philip Glass, que também é ótimo para escrever.  Quando retomo um capítulo num romance, costumo ler o texto desde o início. No final, já li o livro umas 3 mil vezes – não que termine completamente satisfeito. No mais, acho que escrevo a maior parte do tempo longe do papel e dentro da minha cabeça, enquanto durmo, caminho, viajo, vou ao cinema, ao museu etc. – e isso faz de qualquer ritual ligado ao ato de escrever algo inteiramente acessório e pouco relevante. Até porque não há nada menos lúdico do que o ato de escrever prosa – acordo todos os dias querendo ser um pintor ou um músico de jazz.”

Fonte: http://michellaub.wordpress.com (23/10/2012)

 

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