“Gosto de me considerar uma profissional da escrita. Desde 2002, quando meu primeiro romance foi publicado, escrever é a minha profissão. Então, levanto, tomo café, leio o jornal e vou trabalhar em meu computador até por volta das 13 horas. Adoro escrever e depois trabalhar o texto, reescrevendo quantas vezes achar necessário. À tarde, gosto de caminhar e voltar com novas ideias ou com a solução para algum problema. Quando estou escrevendo um romance – processo extremamente envolvente que me deixa muito focada em tudo que possa servir a ele – faço anotações durante o dia e mesmo à noite, entre a vigília e o sono. Mas escrever mesmo, só de manhã. E talvez a minha única quase-mania seja considerar janeiro – o novo ano se descortinando à frente – o momento ideal para começar a escrever um novo romance. Outra coisa: não escrevo com música ligada, nem com gente por perto. Fora isso, nada me incomoda: fico perfeitamente concentrada e levo susto quando o telefone toca. Assim, por exemplo, meu marido pode me ligar no meio da manhã e me perguntar, “Tudo bem?”, e eu responder, “Não sei: acabo de invadir o Nordeste”, ou “Estou no meio de uma discussão”, ou dizer “Estou ótima”, relendo a frase que por fim chegou à sua forma. São momentos preciosos do meu dia e desse trabalho que não troco por nenhum outro.”
Fonte: http://michellaub.wordpress.com (23/10/2012)
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