“Eu preciso criar um espaço – ritual, nenhum. Mas esse espaço, o que é? Qualquer lugar, qualquer hora, qualquer caneta e papel. Esse desleixo foram meus filhos que me deram, um sem-frescura que eu fico tentando domar explicando que é “o meu trabalho”, que aqui, onde não há, eles têm que imaginar uma porta, que agora está fechada e eu estou do outro lado, fazendo “as minhas coisas”. É uma espécie, então, de espaço imaginário, que pode acontecer – e como é bom quando acontece! – aqui em casa, na sala de espera da fonoaudióloga do Antonio (Lia, obrigada, tão amável com o seu cafezinho pontual), numa reunião de departamento da universidade…”
Fonte: http://michellaub.wordpress.com (23/10/2012)
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