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Jornalismo
Marçal Aquino

"O jornalismo influenciou de diversas maneiras minha ficção. Mais na linguagem e na temática, menos na estrutura. Como já disse, o universo e os personagens do jornalismo policial passaram a me interessar como escritor e a partir de meu contato como jornalista. Procuro escrever num registro muito próximo do real. Daí que os personagens do dia-a-dia e, em igual medida, sua fala me fascinam e intrigam. E me fazem escrever. O exercício do jornalismo me ensinou a olhar, a observar. Sou um escritor que anda pelas ruas atento ao inusitado que o humano produz de modo incessante. Aprendi isso no dia-a-dia de jornalista".

Fonte: COSTA, Cristiane Henriques. Pena de aluguel: escritores jornalistas no Brasil 1904-2004. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

"Sempre me disseram que a prática do jornalismo prejudica o texto literário. Para mim, é o contrário. O jornalismo valoriza a concisão, a linguagem enxuta… Eu já amava isso antes de estudar comunicação! O jornalismo só potencializou isso em mim, e também abriu minha visão para aquilo que está além das aparências, coisa típica de repórter. O Beto Brant diz que, se olharmos para a mesma mulher, só eu vou me interessar pelo esmalte descascado nos dedos dela. Isso é uma coisa do jornalismo. Eu não sei ficar dando voltas, fazendo firulas…"

Fonte: https://webwritersbrasil.wordpress.com/a-arte-do-roteiro/entrevistas-2/marcal-aquino/ (08/07/2015)

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