Uma empresa espanhola instalou-se em São Paulo e contratou diversos brasileiros para o serviço gerencial. De modo que o idioma corriqueiro ali era o portunhol, cada qual falando a seu modo. A empresa progrediu e tiveram que instalar um serviço de copa. Contrataram um cearense e intruiram-no a servir café e chá aos diretores, mais chegados num chá do que num cafezinho. Chá em espanhol é "té", e o cearense passava com sua bandeja de sala em sala perguntando: " Tu qué té?" , com aquele "é" típico dos cearenses. O pessoal ensinou que ele não precisava abrir tanto o "é". A pronúncia correta estava entre o "é" e o "ê", mas o cearense não conseguia de jeito nenhum aquela pronúncia. O caso virou chacota na empresa e todos passaram a gozar o cearense. Mais tarde ele aprendeu outras palavras em espanhol, e a gozação só fez aumentar. Um dia ele se enfezou e respondeu à um desafeto:
"Tu te queda en la tuia que yo me quedo en la mia"
Um espanhol, vendo aquilo, perguntou: Mas que língua ele está falando agora?