"Acho que o engajamento político é um dever, desde que se consiga escapar da função de oráculo. Eu assino manifestos porque tive uma educação católica na juventude e não consigo deixar de dar o meu testemunho. Mas não sou um homem político. No momento, existe na Itália uma grande campanha de recrutamento para as eleições, e os intelectuais estão se candidatando por todos os partidos. Algumas pessoas me dizem que é um dever cívico ser candidato, mas para mim o dever é continuar na universidade, já que todos os professores querem ir para o Parlamento. Alguém precisa continuar dando aulas..."
Fonte: O Globo, 3/0/03/1996 - Helena Celestino
"Na Europa e na América Latina, considero questão fechada que o intelectual se envolva nas questões políticas e sociais. O que está mudando é que até há algum tempo se pensava que essas causas deviam se identificar com as de algum partido ou movimento político. Hoje - e cito o exemplo da da defesa do meio ambiente - existem formas de envolvimento mais vastas, menos ligadas a uma ideologia específica".
Fonte: Veja, 19/07/1989 - J.A. Dias Lopes
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