"Cada um de nós tem uma visão da realidade que reflete nossas necessidades mais íntimas, nossas atitudes emocionais, preconceitos, áreas de refutação e cegueira. De alguma maneira, a maioria de nós encontra uma correspondência, um contorno adequado entre o mundo e o nosso retrato subjetivo dele. Estou interessado no que acontece quando o limite entre o exterior e o interior desequilibra e a vida se transforma em uma crise constante. Penso nesse estado como insanidade... Alguns livros que me inspiram nesse aspecto são: Coração das trevas (Conrad), Morte em Veneza (Mann), O retrato de Dorian Grey (Wilde), O médico e o monstro (Stevenson), Moby Dick (Melville), O morro dos ventos uivantes (Emile Bronte), Memórias de Brideshead (Waugh), Sob o vulcão (Lowry), O grande gatsby (Fitzgerald), e também o trabalho de Jean Rhys, particularmente The wide sargasso sea.     

Fonte: O Estado de São Paulo, 27/10/2002 - Ubiratan Brasil