“Somente Mário fez coisa boa. Machado, Euclides e Mário foram os melhores. Até hoje me arrependo da briga que tivemos. Fui o culpado. Fiz uma piada cruel: ‘razões morais de Andrade’. Mário não me perdoou. E hoje eu também não me perdôo. Não havia nada de formal nessa confissão. Sentimento puro, grande mágoa e vergonha que chegou a me encabular. Éramos uns ignorantes. Apenas Mário de Andrade sabia de alguma coisa. Eu era capaz de discutir, mas ele sabia criar. Enquanto experimentávamos, Mário fazia livros definitivos”.
Fonte: Versus (São Paulo), n. 6, nov. 1976 – Marcos Rey (Extraído do Jornal da Senzala, n. 1, fev. 1968) |