Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
MARTINEZ, Maria Clara D.C. Kathrin L. H. Rosenfield Dr. UFRGS 2008
Título: La Démarche de la Pensée de L’Étranger a la Chute D’Albert Camus
Sinopse: O Estrangeiro de Albert Camus prescreve a temporalidade do sujeito da escritura através as três categorias do texto literário: herói, narrador, escritor. A temporalidade é o produto de uma redução fenomenológica que permite o desdobramento do sujeito em três níveis de compreensão. Cada categoria do discurso formaliza uma totalidade constituindo um círculo hermenêutico do percurso de compreensão de um sujeito singular. O herói representa o passado. O narrador marca o presente da narração. O escritor prescreve a êxtase diante do futuro revelando o vazio da morte. O escritor de O Estrangeiro representa a angústia do ser-para-a-morte no sentido heideggeriano. A Queda formaliza a interpretação de O Estrangeiro, desenvolvendo a temporalidade do sujeito da escritura. O texto atual retoma o horizonte revelado pelo escritor de O Estrangeiro, dando atualidade aos dados inatuais explicitados no texto anterior. A Queda realiza a analise constituinte dando positividade à negatividade revelada pela redução. O ser-para-a-morte de O Estrangeiro se formaliza no livro de maturidade do autor; no entanto, em A Queda, o ser-para-a-morte não significa mais a abertura do horizonte do futuro. Pois, no livro atual, o ser-para-a-morte se realiza como saber absoluto se constituindo na imanência da consciência, resíduo da redução fenomenológica. O saber absoluto de A Queda prescreve o fim do processo de subjetivação porque a temporalização não se processa mais pela escritura. Mas de O Estrangeiro vem uma outra voz que se inscreve sob o discurso do narrador de A Queda. E essa outra voz não fala do ser-para-a-morte da angústia diante do vazio da morte, mas do ser-para-a-morte-do-outro que ressoava por detrás da morte própria do escritor do texto anterior. De fato, o sofrimento pela morte do outro homem era o imperativo exigindo o desdobramento do sujeito da escrita produzindo O Estrangeiro, mas esse imperativo estava sufocado pelo discurso da consciência que era incapaz de apreender o rosto do outro homem que morreu no livro anterior: o árabe. O livro de maturidade de Albert Camus vem justamente revelar a ausência da afecção do eu pela morte do outro; morte que fundamentava, no entanto, a subjetivação da escrita de O Estrangeiro; e que se inscreve novamente em A Queda.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
BURGER, Juliane Carlos E. Capela Ms. UFSC 2001
Título: Albert Camus, um estrangeiro no Brasil
Sinopse: Esta dissertação se propõe a estudar a visão do escritor Albert Camus quando visitou o Brasil em 1949. Com base nesta passagem o autor escreveu três textos: o livro Journaux de voyage e os contos La mer au plus près e La pierre qui pousse que servirão como ponto de partida para recuperar seu olhar sobre o Brasil daquela época. Nos quatro primeiros capítulos investiga-se a questão da identidade de Camus para melhor compreender seu discurso durante sua viagem. Camus proferiu várias conferências em nosso país, cujos conteúdos nos levam a descoberta de seu forte engajamento político. Com palavras lúcidas e contundentes Camus soube abordar como poucos autores de sua época a questão da identidade. Ora, identidade e cultura, para um francês da Argélia, são conceitos intrínsecos a sua experiência de vida. Considerando-se um movimento inverso, no último capítulo busca-se resgatar a visão de intelectuais e jornalistas brasileiros sobre o autor - sobretudo os da cidade de Porto Alegre - para uma maior explicitação do que tenha representado a sua vinda a este país.
Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
BURGER, Juliane Carlos Eduardo Capela Dr. UFSC 2006
Título: Albert Camus e a Revolta Marginal
Sinopse: Identifica relações e intersecções entre o pensamento do escritor Albert Camus (1913-1960), sobretudo quanto ao que denominou "movimento de revolta", e textos da ficção brasileira contemporânea, marcados por representações do cotidiano nas periferias de grandes cidades. Os livros que servirão de base para o estudo serão O homem revoltado (1951) de Albert Camus, Cidade de Deus (1997) de Paulo Lins e Capão Pecado (2000) de Ferréz, autores que se manifestaram de um ponto de vista marginal. A questão da revolta, tal como levantada por Albert Camus, é ponto de convergência para o estudo das obras principais. bem como elo para a abordagem de textos críticos que discutem temas correlatos, como a violência e as tentativas de deslocamento no espaço social de sujeitos marginalizados.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data - Pg
SILVA, Salvelina da Wladimir A. da C. Garcia Ms. UFSC 2003
Título: Os modos do Ser em Sartre, Camus e Graciliano Ramos e a alteridade radical"
Sinopse: Esta dissertação é dividida em seis capítulos e pretende analisar conceitos como outro, angústia, náusea, exílio e solidão com base nas obras La Peste, de Albert Camus, La Nausée, de Jean-Paul Sartre e Angústia de Graciliano Ramos. Aponta, também para um direcionamento que radicaliza o pensamento até então desenvolvido, balizado pela filosofia de Emmanuel Lévinas. a coclusão se apresenta menos como mero desfecho, mas como um redimensionamento ou um redimensionamento dos conceitos focalizados
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