Autoria - Orientação - Titulo - Local - Data - Pg
BUNGART NETO, Paulo Maria Luiza B. da Silva Dr. UFRGS 2007
Título: Augusto Meyer Proustiano: a reinvenção memorialística do eu
Sinopse: Esta tese de Doutoramento em Literatura Comparada aborda a obra memorialística de Augusto Meyer a partir do influxo proustiano que se evidencia, nos dois volumes que a compõem (Segredos da infância, 1949; e No tempo da flor, 1966), através do apelo aos cinco sentidos, da reconstituição dos lugares paradisíacos da infância, do eu ¿perdido¿ e ¿reencontrado¿ e, sobretudo, de diversas manifestações da memória involuntária, especialmente aquelas ligadas ao minuano, o ¿vento da campanha¿. Após a Introdução (1), são discutidos (2 - ¿Fundamentos teóricos¿) os mais variados enfoques relacionados ao estudo de fenômenos mnemônicos, a fim de se demonstrar de que maneira ramos tão diversificados do conhecimento humano (tais como Mitologia, Filosofia, Psicanálise, Cinema, Música, etc) trataram a questão da memória e de sua representação. Além disso, nas considerações específicas sobre a memória como gênero literário, percorro, à luz da crítica estruturalista francesa, as diferentes formulações teóricas acerca dos conceitos de autobiografia, diário, memórias e outros subgêneros confessionais. No capítulo seguinte (3 - ¿A la recherche du temps perdu e a reconstrução da memória: o monumental ¿edifício imenso da recordação¿ involuntária¿), o destaque é dado à questão da memória involuntária no romance A la recherche du temps perdu, de Marcel Proust, bem como à recepção crítica, na França e no Brasil, desta obra-prima do século XX. Ao quarto capítulo (¿Augusto Meyer memorialista: influxo proustiano na busca da unidade perdida¿), por fim, reserva-se a formulação essencial desta tese ¿ a noção de que a memorialística modernista brasileira sofreu forte influxo do roman-fleuve de Proust, sugestão que se confirma através de sua presença nos mais diversos gêneros (crônica, poesia, memorialística) e temas (a memória involuntária e a memória dos sentidos, amplamente utilizadas por escritores como Augusto Meyer, Pedro Nava, Cyro dos Anjos, Gilberto Amado, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e outros).
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Autoria - Orientação - Grau - Local – Data-Pg
VIANNA, Carlo C. M. Homero J.V. Araújo Ms. UFRGS 2006
Título: Augusto Meyer no sistema literário dos anos vinte: poesia, memória e polêmica
Sinopse: O presente trabalho parte da reconstrução da circunstância intelectual e literária do momento modernista no Rio Grande do Sul, processo possível graças à leitura de narrativas memorialísticas de autores atuantes na segunda década do século XX, bem como à leitura da polêmica entre Rubens de Barcellos e Paulo Arinos, intelectuais que debateram o destino da imagem identitária do gaúcho na ficção de Alcides Maya e na vida social daquele momento histórico. Panorama esboçado com a atenção voltada à estreita ligação entre os dados históricos e literários do período que antecedeu a chegada de Getúlio Vargas ao comando nacional. Procedimento crítico necessário devido ao fato desse elo entre a literatura e a matéria sul-rio-grandense configurar a singularidade do Modernismo na província. Os dados da vida social encontrados nas fontes de pesquisa orientam a leitura crítica do corpus poético composto pela lírica de três poetas de considerável relevo no sistema literário de então: Vargas Netto, Ernani Fornari e Augusto Meyer. Leituras que se complementam e, que juntas, compõem um panorama da produção poética do Modernismo gaúcho. No entanto, a confluência estética e temática do Modernismo na província é encontrada na lírica de Augusto Meyer, que seria uma espécie de poeta síntese dos demais, motivo pelo qual foi ele o ponto de chegada da discussão sobre a poesia modernista no Rio Grande do Sul.
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