Autoria - Orientação - Grau - Academia - Data - Pg
ALMEIDA, Alexandre B. Marcus V. Mazzari Dr. FFLCH/USP 06/08
Título: O caso do diletante: a personagem de Charles Swann e a unidade do romance Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust
Sinopse: Pesquisa de teoria literária sobre o romance Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust. Tem como objetivo refletir sobre a unidade do romance Em busca do tempo perdido, por meio de uma análise da personagem de Charles Swann. Este trabalho principia pelo levantamento do projeto global do ciclo romanesco, a partir de um trecho d´A Prisioneira em que o narrador-protagonista estabelece dois tipos de unidade para a obra de arte: uma lógica e outra vital. O segundo capítulo expõe as dificuldades que esse projeto coloca: como criar uma obra artística que seja viva e aberta, ao mesmo tempo que coesa e íntegra? A resposta é encontrada nos vasos comunicantes, nas transversalidades capazes de dar ao ciclo romanesco, não uma unidade lógica, mas vital. O terceiro capítulo analisa um dos nós, um dos pontos para o qual convergem essas transversalidades: a personagem de Charles Swann. Por meio da reconstituição desta personagem, são discutidos aqui alguns temas importantes para o romance: a formação do artista, assim como a relação entre a arte e a vida. Vemos em seguida que, em contraponto a Swann, cuja trajetória é vista como uma vocação artística frustrada, a expressão do romance proustiano busca condensar as experiências de um indivíduo para se tornar escritor. Finalmente, o excerto reflete sobre o caráter realista do romance: tendo por base um ensaio de Antonio Candido, "Realismo (via Marcel Proust)", e levando em conta um acontecimento-chave para o escritor francês, analisamos aqui o papel desempenhado pelo caso Dreyfus na narrativa. A hipótese mais geral desta pesquisa é a de que certos temas, representados pela personagem do diletante Charles Swann e por seu engajamento no caso Dreyfus, tornam difícil o acabamento do romance e lhe dão uma forma crítica, polêmica, viva. Esta não retira sua unidade da perspectiva de um artista profissional, cujo ofício participa da divisão do trabalho e do conhecimento de nossa sociedade; mas vincula-se à percepção de um diletante, cujo ponto de vista conserva algo de maravilhoso e mágico para as criações artísticas, como se a arte oferecesse mais do que obras e fosse capaz de ensinar a ler a vida. Lembramos neste sentido que a narrativa proustiana, desde seu começo até seu final, acompanha o ponto de vista não de um artista formado, mas de um apaixonado pelo universo artístico: o protagonista que deseja criar uma obra de arte e a imagina capaz de organizar a vida à imagem de sua complexidade.
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Autoria - Orientação - Titulo - Academia - Data - Pg
BUNGART NETO, Paulo Maria Luiza B. da Silva Dr. Letras/UFRGS 04/07
Título: Augusto Meyer Proustiano: a reinvenção memorialística do eu
Sinopse:
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