Autoria - Orientação - Grau - Local - Data - Pg
Eoná Moro Ribeiro Ligia Chiappini Moraes Dr. USP 2007
Título: À sombra de Martín Fierro: Sergio Faraco e Mario Arregui
Sinopse: Esse estudo visou demonstrar a existência de uma literatura da atualidade que trata do gaúcho e do "gaucho" e do universo que o cerca por meio de formas e conteúdos específicos. Assim, são nossos objetivos evidenciar em que medida os contos de Sergio Faraco e Mario Arregui podem ser considerados gauchescos e apontar as semelhanças e as diferenças da literatura, tanto do escritor brasileiro como do uruguaio, no processo de criação de uma identidade regional fronteiriça, o que os classificaria como regionalistas num sentido amplo.
____________________________________________
Autoria - Orientação - Grau - Local – Data-Pg
KAHMMANN, Andréa C. Patrícia L. F. da Cunha Ms UFRGS 2006
Título: Fronteira, Identidade, Narrativa: Tradição e Tradução em Sérgio Faraco
Sinopse: Este trabalho de pesquisa tem o escopo de abordar a produção literária de Sergio Faraco, adentrando ao estudo de fronteiras e de suas implicações nas esferas antropológica, cultural e identitária, valendo-se de ferramentas dos Estudos Culturais e dos Estudos de Tradução. Partiu-se de um duplo viés e considerou-se, especialmente, o enfoque na tradição, que Faraco leva a cabo na sua produção como contista, e na tradução, feita a partir da obra de Mario Arregui, escritor uruguaio com quem o alegretense manteve uma amizade de quase quatro anos, documentada nas cartas trocadas durante o período. Entrementes, visando a estabelecer o debate sobre a literatura dos gaúchos, propôs-se uma análise sobre os influxos platinos no sistema literário sul-riograndense, atentando para a oposição / aproximação do personagem gaúcho sul-rio-grandense com relação ao seu Outro castelhano e desvelando as construções de planos simbólicos de referência. Pretendeu-se, pois, abordar a (re)absorção da tradição da gauchidade, amparada no resgate memorialístico que acabou por renovar o regionalismo sul-rio-grandense e que teve em Sergio Faraco um de seus expoentes mais consideráveis. Foram abordados os contos que constroem o Outro platino não mais como inimigo, e sim como mais um pobre marginado buscando sobreviver ao interstício. Da mesma forma, os dois livros que Sergio Faraco traduziu de Mario Arregui deixam entrever o engajamento de pôr na ordem do dia as semelhanças entre os seres humanos de um e outro lado da fronteira. Mais do que mera reprodução do Outro em língua vernácula ou um processo de tradução cultural, o acolhimento dos platinos, por parte de Faraco, ilustra a disposição de trazer ao debate as semelhanças narrativas, culturais e ideológicas que voltam a unir esse pampa, outrora sem alambrado. Nessa trilha, empregou-se a metodologia comparatista, dispondo de uma organização inferencial dedutiva e partindo-se de postulados gerais rumo ao particular. Além de suprir uma lacuna na produção acadêmica, que tão pouco tem abordado esse importante escritor e tradutor, espera-se estar contribuindo para o estudo de fronteiras na literatura e do contrabando de imaginários, incitando novos temas em face das teorias críticas latino-americanas.
_________________________________________
Autoria - Orientação - Grau - Local – Data-Pg
RUBERT, Nara Markey A. Jane Fraga Tutikian Ms. UFRGS 2003
Título: O regionalismo de Sérgio Faraco : uma visão universalista da literatura de fronteira
Sinopse: Sérgio Faraco é um nome ímpar dentro da Literatura Brasileira no que diz respeito ao desenvolvimento do gênero conto de temática regional-universal no final do século passado. Uma seleção de contos regionalistas das obras Manilha de espadas (1984) e Noite de matar um homem (1986) compõe o corpus deste estudo. Estas leituras permitem uma reflexão em torno dos limites entre o localismo, o nacionalismo e o universalismo, uma vez que o ambiente dos contos é a fronteira entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, local de contrabando, vida clandestina, miséria e morte. Este estudo investiga a caminhada do regionalismo na literatura sulina desde o Romantismo até a década de 1980, a sua abrangência, as características indispensáveis para uma literatura ser denominada regional, assim como a dimensão universal que esse gênero vai assumindo com o passar do tempo. A literatura deste autor apresenta uma linguagem de cuidadoso apuro formal e um lirismo muito humano, que contrastam com a dureza da vida dos gaúchos que vivem na região da campanha. Faraco suscita uma investigação sobre o caminho do regionalismo universal ambientado na fronteira. Esta investigação, por envolver personagens que vivem à margem do sistema de produção dos meios urbanos, é enfrentada de forma mais ampla do que o conceito de fronteira como ¿limite territorial¿, é vista também como um limite de culturas, como vidas humanas ¿no limite¿. O que se lerá a seguir é uma tentativa de localização da literatura de Sérgio Faraco entre o regional e o universal.
|