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Academia - Autores
Yves Bonnefoy

Autoria        -              Orientação        -          Grau - Local    -   Ano- Pg

SIMPSON. Pablo      Luiz Carlos S. Dantas         Dr.    UNICAMP   2006

Título: Rastro, hesitação e memoria : o lugar do tempo na poesia de Yves Bonnefoy

Sinopse: Yves Bonnefoy é um dos poetas franceses mais importantes da segunda metade do século XX. Sua obra poética, que se inicia em 1946 com Traité du pianiste e Le Coeur-espace, pode ser situada, num primeiro momento, a partir do diálogo com o surrealismo, de que se afastaria em 1947, mas cuja noção de sonho retomaria em suas narrativas publicadas a partir dos anos 1970: L?Arrière-pays e Rue Traversière. Pode ser situada, além disso, diante do existencialismo de Jean Wahl. Leitor de Plotino, Kierkegaard e Léon Chestov, importante crítico de arte e da obra de Baudelaire, além de tradutor de Shakespeare, Yves Bonnefoy traz, desde os ensaios de L?Improbable de 1959, uma preocupação com o que chamaria de ?presença?, fundamental para a compreensão de seu projeto poético. Ela designaria, muitas vezes, uma oposição ao conceito filosófico e à linguagem. Traria um apelo a uma ?realidade obscura?, enigmática. Nesse sentido, a poesia pretenderia uma intuição do absoluto, uma esperança investida de uma vocação ontológica não sem relação com o questionamento heideggeriano. Este estudo pretende investigar as relações entre poesia e tempo. Há nos poemas de Anti-Platon e Du Mouvement et de l?immobilité de Douve, tanto quanto em L?Improbable, segundo Patrick Née, a condenação de um inteligível abstrato, em virtude do esquecimento do tempo. A poesia repercutiria uma tensão entre interioridade conceitual e exterioridade. As palavras do poema evocariam um apagamento: rastro, presença ausente. A perda se torna a origem da linguagem poética. Através da leitura dos poemas de Du Mouvement et de l?immobilité de Douve, Hier régnant désert, Pierre écrite, Dans le leurre du seuil, Ce qui fut sans lumière e Les Planches courbes, e das narrativas L?Arrière-pays, Rue Traversière e Lê Théâtre des enfants, este estudo buscará compreender a poesia de Yves Bonnefoy a partir das noções de rastro, hesitação e memória. Dividido em cinco capítulos principais, trata-se da tentativa de situar a sua poesia, a um só tempo, como expressão e reflexão de cada um desses lugares. Este estudo traz em anexo a tradução do livro de poemas Les Planches courbes (2001), da narrativa ?L?Égypte? do livro Rue Traversière (1977) e do ensaio ?Les tombeaux de Ravenne? de L?Improbable (1959).

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