Benigno José Mira de Almeida Faria. Nasceu em Montemor-o-Novo, Portugal, em 06/05/1943. Advogado, escritor, dramaturgo e licenciado em Filosofia. Viveu como escritor residente (1968-69) nos EUA (International Writing Program, Iowa City) e em Berlim, onde fez parte do Berliner Künstlerprogramm no qual participaram, entre outros, Witold Gombrowicz, Michel Butor, Michel Foucault, Peter Handke e Mario Vargas Llosa. Publicou seu primeiro romance – Rumor branco – aos 19 anos, o qual lhe rendeu o Prêmio Revelação de Romance da Sociedade Portuguesa de Escritores. Trata- se de um dos destacados escritores da “Geração 60” de Portugal. Publica seus livros muito esporadicamente e não gosta de dar entrevistas. Ele acha que as ficções falam por si, não devem ser explicadas e mais ainda: causa-lhe repulsa a raça dos “escritores de entrevista”, mais conhecidos por suas declarações que por seus escritos, conforme revelou numa rara entrevista à  José Castello, em 1996. Tem colaborado em diversas publicações coletivas, particularmente em revistas alemãs, brasileiras, francesas, holandesas, italianas, suecas e norte-americanas. Seus romances foram objeto de várias teses universitárias na Itália, Holanda, Brasil, França e, também, em Portugal. O romance O conquistador (1990) foi um sucesso de crítica e público. Outros livros:  A paixão  (1965), Tetralogia Lusitana  (1978-1983), Os passeios do sonhador solitário (1982), Um cão chamado Bolotas (1984). No teatro:  Vozes da paixão (1998) e A Reviravolta.(1999). Em 2010 foi agraciado com o Prêmio Univesidade de Coimbra. Seu romance mais recente é  O murrmúrio do nundo (2012).