Nasceu em Minas Gerais, em 1873. Romancista dos mais vigorosos e contista dos mais admiráveis na década de 1940 em São Paulo, onde integrou a Academia Paulista de Letras e tornou-se o “cacique” de uma tribo de literatos da época: Edgard Cavalheiro, Mario Donato, Fernando Góes, Mario da Silva Brito, Antonio Constantino, Leão Machado, Rossine Camargo Guarnieri, Silveira Bueno etc. No entanto, não conseguiu penetrar as camadas do grande público, em virtude, talvez, de seu feitio excessivamente modesto e avesso a cabotinismos. Seu primeiro trabalho foi um soneto em versos decassílabos, intitulado Besta Fera. Mas, logo trocou a poesia pela prosa “sem qualquer prejuízo ou vantagem para as letras”, conforme declarou a Silveira Bueno. Em 1924, participou do Concurso Anual da Academia Brasileira de Letras com o romance A Praga, que ganhou, mas não levou o prêmio de dois contos de réis. A Comissão Julgadora concedeu o prêmio, mas não foi ratificado em plenário porque encontraram muitos erros, além de mal revisado e datilografado. Mais
tarde, mandou o livro já publicado para a Academia, que lhe concedeu uma menção honrosa. Outros livros vieram: Praga de Amor, A Voz da Terra, que chegou a fazer algum sucesso editorial, O Senador José Bento, estudo histórico editado pela Imprensa Oficial de Minas Gerais, Os Casos do Carimbamba e Quarteirão do Meio. Faleceu em 28 de outubro de 1955.
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