Volta para a capa
ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Antonio Carlos Villaça

 

Nasceu no Rio de Janeiro, em 31/08/1928. Jornalista, escritor, crítico literário e tradutor, é reconhecido como um dos grandes memorialistas brasileiros. Tentou seguir a carreira sacerdotal, tendo ingressado na Ordem de São Bento, na Ordem dos Dominicanos e em seminário secular. Apesar de não ter conseguido ingressar no sacerdócio, tornou-se um importante representante do pensamento católico brasileiro. O conhecimento adquirido em sua frustrada vida religiosa que, segundo alguns críticos, é a espinha dorsal de sua obra — vide Villaça: Um noviço na solidão do mosteiro — produziu ensaios fundamentais, dos quais destacam-se História da questão religiosa (1974), O pensamento católico no Brasil (1975), Tema e voltas (1976), Literatura e vida (1976), Místicos, filósofos e poetas (1976). Além dos ensaios, publicou mais de 20 livros, dentre os quais: O nariz do morto (1970), O anel (1972) — seu livro preferido — O livro de Antonio (1974), A descoberta do morro (1984), Manuel Bandeira (1984), Alceu Amoroso Lima (1984), Degustação, memórias (1994), e Os saltimbancos da Porciúncula (1996) e José Olympio: o descobridor de escritores (2001) . Conviveu com Alceu Amoroso Lima, Gilberto Amado, Augusto Frederico Schmidt, Gilberto Freyre, Manuel Bandeira, Pedro Nava. Na livraria José Olympio, conversava todas as tardes com Graciliano Ramos. Em “Memórias de um eterno menino ao sol”, resenha do livro “Os saltimbancos da Porciúncula”, a autora Isabel Lustosa, faz a seguinte referência: “Villaça é o flaneur, é o homem das multidões, testemunha discreta e atenta, ávida de ver, de compreender, de entrar em contato. Seu olhar contemplativo percorre com calma e volúpia a paisagem e os homens em volta”. Villaça também se destacou como crítico literário. Foi eleito para o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em 1984 e membro das Academia Brasileira de Arte e da Academia Brasileira de Filosofia. Em 2003 recebeu o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra. Faleceu em 29/05/2005.

Prossiga na entrevista:

        Por que escreve?         

Onde escreve?
Crítica literária
Conselho literário