Antonio Cícero Correa Lima
Nasceu em 1945, no Rio de Janeiro. Poeta, compositor filósofo graduado em Londres e pós-graduado nos EUA. Suas atividades se repartem entre o domínio da poesia e o da filosofia. Embora escreva poesia desde a adolescência, essa produção não começou a aparecer em periódicos ou livros, mas sim na forma de letras de canções quando poemas seus foram musicados por sua irmã, Marina Lima, que, ao fazê-lo, dava início à sua própria carreira de compositora e cantora. A partir desse momento, sem abdicar de escrever poemas destinados a serem lidos - muitos dos quais acabaram sendo publicados em periódicos - passou também a escrever poemas feitos para constituírem as letras das melodias que logo passou a receber, inicialmente de Marina mas logo também de novos parceiros (entre os quais figuram Lulu Santos, Adriana Calcanhoto, Orlando Moraes e João Bosco, por exemplo). Em 1996 reuniu seus próprios poemas prediletos no livro Guardar (Ed. Record), que foi vencedor do Prêmio Nestlé de Literatura, na categoria Estreante. Em 1997, publicou o disco Antonio Cicero por Antonio Cicero (Ed. Luz da Cidade), em que recita poemas de sua autoria. Poemas seus constam da antologia bilíngüe Outras praias / Other Shores (Ed. Iluminuras, 1998), da antologia Esses poetas (Ed. Aeroplano, 1999, da antologia 41 poetas do Rio (Ed. Funarte, 1999), e da coletânea de textos Mais poesia hoje (Ed. Universidade Federal Fluminense, 1999). De 1991 a 1992, junto com o professor Alex Varella, Coordenador de Estética e Teoria das Artes no Galpão das Artes do MAM, onde ministrou diversos cursos e pronunciou inúmeras palestras. Em 1993, concebeu a organização de uma série de ciclos de conferências que reunissem grandes pensadores e artistas em torno de alguns dos temas decisivos deste final de século. Sob a orientação dele e de Waly Salomão, três desses ciclos foram realizados, parte no Rio de Janeiro, parte em São Paulo, reunindo poetas do calibre de João Cabral de Mello Neto, John Ashbery, Haroldo de Campos, Derek Walcott e Joan Brossa, artistas como os diretores Peter Sellars, José Celso Martines Correa e Arnaldo Jabor, e pensadores como Richard Rorty, José Arthur Giannotti, Ernest Gellner, Darcy Ribeiro, Peter Sloterdijk, Hans-Magnus Enzensberger e Tzvetan Todorov, entre outros. Em 1994, junto com Waly Salomão, organizou o livro O relativismo enquanto visão do mundo (Ed. Francisco Alves), que reuniu as contribuições referentes a um desses ciclos. No mesmo ano, participou da Bienal Internacional do Livro, de Frankfurt, a convite do Ministério da Cultura, tendo pronunciado na Literaturhaus uma conferência sobre a cultura brasileira. Em 1995, publicou o ensaio filosófico de sua autoria O mundo desde o fim (Ed. Francisco Alves), que discute o conceito de modernidade. Em 1998, publicou, na coletânea organizada por Alberto Pucheu intitulada Poesia (e) filosofia (Ed. Sete Letras), o ensaio Epos e muthos em Homero, parte de uma obra mais extensa, ainda inédita, consagrada à poesia grega arcaica. Em 1999 foi publicado o seu ensaio A época da crítica: Kant, Greenberg e o modernismo, na coletânea organizada por Ileana Pradilla Cerón e Paulo Reis intitulada Kant: Crítica e estética na modernidade (Ed. Senac). No ano de 2000 foi publicado o seu ensaio Poesia e paisagens urbanas, na coletânea Mais poesia hoje, (Ed. 7 Letras). Atualmente, Antonio Cicero se dedica a escrever poemas e ensaios, além de ocasionalmente fazer leituras e palestras em instituições tais como o MAM do Rio de Janeiro, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói e o Centro Cultural Banco do Brasil, bem como noutros estados do Brasil.
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