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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Fernando Namora

Nasceu em 15/04/1919, em Condeixa, Portugal. Médico, poeta e escritor. Sua estréia se deu com a coletânea de contos Cabeças de barro (1937) em colaboração com Carlos de Oliveira e Artur Varela. Os primeiros livros de poemas foram lançados em Coimbra: Relevos (1938); Mar de sargaços (1940) e Terra (1941). Mas não abandonou o romance, gênero a que veio se dedicar integralmente: As sete partidas do mundo (1938), que lhe valeu o Prêmio Almeida Garret; Fogo na noite escura (1943); Casa da malta (1945); Minas de San Francisco (1946) são obras paralelas à sua vivência como médico no interior de país. Sua obra evoluiu no sentido do amadurecimento estético do neo-realismo, o que o levou a um caminho mais pessoal. Não desdenhando a análise social, os seus textos foram cada vez mais marcados por aspectos de picaresco, observações naturalistas e algum existencialismo. Foi um escritor dotado de uma profunda capacidade de análise psicológica, a que se ligou uma linguagem de grande carga poética. O acúmulo dessas experiências vai desaguar em uma obra que o consagrou definitivamente: Retalhos da vida de um médico (1949). Em seguida entra numa fase rural, onde surgiram: A noite e a madrugada (1950) e O trigo e o joio (1954). Numa nova fase surgem: O homem disfarçado (1957); Cidade solitária (1959) e Domingo à tarde (1960), com o qual recebeu o Prêmio José Lins do Rego, no Brasil. Em 1963 lança um segundo volume de Retalhos de vida de um médico e o livro de ensaios Diálogos em setembro marcam um intevalo na obra romanesca, que, a seguir, vai cada vez mais se abrir para o painel da sociedade portuguesa contemporânea. Um sino na montanha (1968); Os adoradores do Sol (1971); A nave de pedra (1975); Cavalgada cinzenta (1976); e Resposta a Matilde (1980) precedem O rio triste (1982) lançado no Brasil. Seu último lançamento foi o romance Sentados na relva (1986). Faleceu em 31/01/1989.

Prossiga na entrevista:

Por que escreve?

Como escreve?

Onde escreve?

O que é inspiração?

Influência literária

Psicanálise

Crítica literária

Medicina