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ENTREVISTA SIMULTÂNEA
Máximo Gorki

Aleksei Maksimovitch Peshkov

Nasceu na Rússia, em 28 de março de 1868, numa cidade que hoje leva seu nome. Nascido em família pobre, órfão de pai aos seis anos, não pôde estudar em escolas, tornando-se autodidata. Começou a trabalhar aos oito anos, e teve a infância e a mocidade particularmente penosas. Trabalhou como auxiliar em diversas atividades, como copeiro aos 12 anos num barco do Volga. Durante essa atividade o cozinheiro lhe transmitiu o gosto pela leitura. Seu primeiro livro, Makar Tchudra, saiu em 1892, mas ficou conhecido apenas três anos mais tarde com Tchelkack (1895), a história de um audacioso ladrão, que agia nos portos. O vagabundo e o fora-da-lei entram na literatura russa com força irresistível. A partir de então alcançou certa celebridade e publicou romances e contos narrativos sobre a vida naquele meio onde se criara: Gente esquecida (1897). Em 1899, com Foma Gordev, teve início a literatura mais realista, politizada, e, em 1902, tentou a dramaturgia com Pequenos burgueses e albergue noturno, duas peças logo montadas pela companhia de Stanilavski, em Moscou. Sua atividade literária foi acompanhada por intensa atuação política. Fundou a revista Znanie (O Conhecimento), que se constituiu numa verdadeira escola de jovens escritores, e participou da Revolução de 1905. Preso em 1906, foi solto devido aos protestos ocorridos em todo o mundo. Desterrado, passou a morar na Ilha de Capri, na Itália, onde viveu até 1913 e escreveu seu romance mais conhecido: A mãe (1907). De volta à Rússia, participou ativamente da Revolução de 1917 ao lado dos bolcheviques e tornou-se uma das figuras mais destacadas do novo estado soviético. Por essa época publicou seus escritos autobiográficos: Infância, Ganhando o meu pão e As minhas universidades, título irônico, já que não freqüentou escola alguma. Em 1921, retornou à Ilha de Capri por motivos de saúde, e só voltou à Rússia em 1928, com honras no novo regime comunista, quando passou a colaborar com as instituições culturais. Entre 1927 e 1936 trabalhou no ciclo narrativo A vida de Klim Sanguine. Faleceu em 18 de junho de 1936, tendo seu corpo sepultado na Praça Vermelha.

Prossiga na entrevista:

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Cinema