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Biografia
Olavo Bilac

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac

Nasceu no Rio de Janeiro, em 16/12/1865. Jornalista, poeta e quase médico, pois cursou medicina até o 5. ano. Em 1885 mudou-se para São Paulo e matricula-se na Faculdade de Direito, onde também não conclui o curso, mas encontra o ambiente literário que procura. Por indicação de  Raimundo Corrêa, passa a trabalhar no jornal Correio Mercantil. Seu primeiro livro – Poesias –  publicado em 1888, em\Portugal, divide-se em três partes: Panóplias, Via Láctea e Sarças de Fogo. Apesar do entusiasmo pelo parnasianismo, seus versos manifestam uma emoção estranha à frieza típica da escola. Em 1890 foi viver em Paris e manteve contatos com Eça de Queiroz, que reconheceu as qualidades de ua poesia. De volta ao Rio de Janeiro, em 1891, começou a escrever um romance - O esqueleto: o mistério da casa de Bragança - com Pardal Mallet, publicado em folhetins na Gazeta de Notícias. Juntamente com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, foi a maior liderança e expressão do parnasianismo no Brasil. Como jornalista notabilizou-se com as campanhas pelo serviço militar obrigatório e combate ao analfabetismo. Ele via no serviço militar uma forma de incremento á instrução pública. Em sua homenagem, na data de seu aniversário, comemora-se o “Dia do Reservista”. Republicano e nacionalista, escreveu a letra do Hino à Bandeira e fez uma oposição ferrenha a Floriano Peixoto. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, em 1896, onde ocupou a cadeira n. 15. Suas conferências encantavam as platéias elegantes e seus poemas eram declamados nas festas e reuniões literárias, chegando a tornar-se o poeta mais lido do Brasil. Em 1907, foi o primeiro a ser eleito “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, pela revista Fon-Fon. Seu prestígio começou a declinar com o advento do modernismo em 1922. Seus versos se caracterizam pelo cuidado formal e pela correção da linguagem. Escreveu o poema épico O caçador de esmeraldas, narrando as façanhas do bandeirante Fernão Dias Paes. Destaca-se em sua obra poética o livro póstumo Tarde (1919). São também de sua autoria Poesias infantis, Ironia e piedade, e vários livros didáticos em colaboração com Coelho Neto e Manoel Bonfim: Através do Brasil, Conferências literárias, Crítica e fantasia, Dicionário de rimas, etc. Quando a morte se aproximava, exclamou agonizante: "Amanhece... Vou escrever!" Faleceu em 28/12/1918.

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