Nasceu em Matanzas, Cuba, em 1950. Jornalista, romancista, pintor e poeta, é reconhecido como um dos escritores mais talentosos da nova narrativa latino-americana. De origem humilde, foi vendedor de sorvete e jornal, instrutor de natação e caiaque, trabalhador agrícola, desenhista, locutor de rádio, dirigente sindical e garoto de programa atendendo as turistas. Foi durante 26 anos jornalista de rádio, TV , agência de notícias e na revista semanal Bohemia. Dizia a si mesmo que “lo único que quiero en la vida es ser escritor. Quiero escribir de um modo tan natural que no parezca literatura”. Talvez por isso nunca se achegou a grupos de escritores nem estudou literatura. Seu primeiro livro: Trilogia suja de Havana (1998) foi traduzido em diversos países. O livro reúne numa história mil facetas de uma Cuba esfacelada pós queda da União Soviética. No segundo livro: O rei de Havana (1999) faz o caminho contrário: por meio de 60 historietas, monta um mosaico de facetas de um povo que, mesmo sob os restos de um país sitiado pelo bloqueio econômico imposto pelos EUA, consegue mostrar vivacidade e um pendor quase congênito para a sexualidade.   Por esta época é convidado para dar conferências na Europa. Na volta, é surpreendido por uma demissão da revista onde trabalhava. Ninguém explica, mas o fato é que o governo cubano não aprecia a sua literatura. Em seguida publica Animal tropical (2000) e  O insaciável homem-aranha (2002) Em entrevista recente à revista Playboy, Pedro Juan sustentou que a maioria das personagens descritas em seus livros são reais ou colagens a partir do real. E as situações teriam todas sido vividas por ele ou por amigos. Verdade ou não é difícil comprovar, mas essa informação só é mais um adendo na aura erotizada que o próprio autor tenta criar em torno de seu trabalho. Outros livros: Carne de cão (2003), Nosso GG em Havana (2004), O ninho da serpente (2005).Pobre diabo (2006), Coração mestiço (2007),Fabián e o caos (2016).