Nasceu em 15 de abril de 1928, em São Paulo. Estudou arquitetura e filosofia, mas se decidiu pelo cinema ao participar do II Congresso Nacional de Cinema, em 1952, onde importantes leis de proteção cinema nacional foram discutidas. Diretor, roteirista e produtor de cinema, começou como assistente de direção de Nelson Pereira dos Santos no filme Rio 40 graus, em 1955. Em tal companhia, foi o único cineasta paulista que conseguiu bom trânsito com a turma do “cinema novo”. Seu primeiro longa-metragem foi O grande momento (1957), um retrato das condições precárias de vida na periferia de São Paulo, com forte influência do neo-realismo italiano. A consagração da crítica veio com A hora e a vez de Augusto Matraga (1966), uma adaptação da novela Sagarana, de Guimarães Rosa. Em termos de inovação na narrativa cinematográfica, foi um pioneiro que realizou experiências sem se preocupar com o gosto médio do público, como, por exemplo na adaptação que fez do conto de Lígia Fagundes Telles, As três mortes de Solano (1975). Sua produção consistiu de 11 longa-metragens e 18 curtas-metragens, além de alguns documentários e programas de TV, dentre os quais destacamos: As cariocas (1966); O homem nu (1968); Vozes do medo (1971); Os amantes da chuva (1979); Nasce uma mulher (1983) e Quincas Borba (1987). Ao retornar do 15º Festival de Cinema de Gramado, enquanto esperava sua bagagem no Aeroporto de Cumbica, sofreu um infarto do miocárdio fulminante e veio a falecer em 3 de maio de 1987.
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