Nasceu em 19 de junho de 1947, em Bombaim, Índia. Ensaísta, ex-publicitário e romancista, tornou-se famoso e conhecido em todo o mundo após a publicação, em 1989, do livro Versos Satânicos (Cia. das Letras, 1998). O livro causou controvérsia no mundo islâmico, em razão de sua descrição considerada ofensiva ao profeta Maomé. O Aiatolá Khomeini considerou o livro uma blasfêmia contra o Islão e decretou uma “fatwa” ordenando a sua execução por qualquer “muçulmano zeloso” em qualquer parte do mundo. A partir daí, o autor passou dez anos foragido, escondendo-se em alguns países da Europa e só voltou a ter vida pública em 1999. No entanto, ele já era um conhecido e premiado antes dessa sentença de morte. Em 1981 recebeu o Booker Prize e em 1993 o Booker of Booker Prize com o romance Os filhos da meia-noite (Cia. das Letras, 2006). O seu estilo narrativo, mesclando o mito e a fantasia com a vida real, tem sido considerado como uma variante do “realismo mágico”. Com o seu primeiro romance pós-fatwa intitulado O último suspiro do mouro (Cia. das Letras, 1996) foi vencedor do Prêmio Whitebread. A fim de explicar ao seu filho porque foi condenado e perdeu a liberdade de expressão, escreveu em 1990 o livro infanto-juvenil Haroun e o mar de estórias (Cia. das Letras, 1998). Recentemente foi condecorado como Cavaleiro do Império Britânico, recebendo da Rainha da Inglaterra o título de “Sir”, o que acirrou mais ainda o ódio dos muçulmanos. Exceto O mágico de Oz (Rocco, 1990), seus livros são traduzidos e lançados no Brasil pela Companhia das Letras: Cruze esta linha (2007), Vergonha (2010) e Luka e o fogo da vida (2010).
|