"O cinema não necessita da literatura, e sim de autores cinematográficos, ou seja, de gente que se expresse por meio dos ritmos e cadencias características do cinema. O cinema é uma arte autônoma que não necessita de transposições a um plano que no melhor dos casos será sempre ilustrativo. Toda obra de arte vive na dimensão na qual foi concebida e na qual se expressou. O que se torna um livro? Situações. Mas as situações em si não têm siginificado algum. O que conta é o sentimento com que se expressa, a fantasia, a atmosfera, a luz, enfim, a interpretação dos fatos. Mas sua interpretação literária não tem nada a ver com a interpretação cinematográfica dos mesmos fatos. São dois modos de expressar totalmente diferentes".
Fonte: GRITTI, Delmino. Dos tijolos da Suméria aos megabytes pós-humanos do terceiro milênio. Caxias do Sul (RS): Liddo, 2007.
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