“Sou uma pessoa extremamente visual e descrevo as imagens que aparecem em minha cabeça. Depois, como qualquer outra pessoa hoje em dia, tenho que lutar para ganhar atenção. Nos últimos 50 anos, nada mudou tanto a natureza da narrativa quanto os desenhos animados e os comerciais. Os cartoons trouxeram o princípio do exagero; os comerciais, as sequência rápidas. Nós, escritores, não podemos mais contar com leitores que passem uma tarde de domingo inteira lendo um romance. Hoje as pessoas lêem livros no metrô, em aviões, e naqueles quinze minutos antes de pegarem no sono. Acho que não causa nenhum dano a um autor ter consciência disso antes de começar a escrever seu livro grandioso”
Fonte: O Globo, 9/3/2000
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