"Apesar de não me considerar 'uma das pessoas que melhor entendem de cinema no Brasil', desde menino tenho fascinação pelo cinema. Mas, confesso, nunca foi em função da imagem que me embrenhei nos matagais da ficção. Acho que a influência do cinema nos meus romances é mínima. O que não quer dizer que não haja planos de utilização de romances ou situações da Tragédia burguesa para o cinema. Mas escreve em função do cinema, creio que não me ocorre, nem ocorrerá. É verdade que há um velho projero de cenário, César, que não abandono nunca, mau grado sua impraticabilidade.
Fonte: DUARTE, José Afrânio Moreira. De conversa em conversa: entrevistas. São Paulo: Editora do Escritor, 1976
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