(1) Acredite no que escreveu, o bastante para não ligar aos outros, mas não a tal ponto que você se torne impermeável à crítica.
(2) Concorra ao máximo de concursos literários que puder. Fora dos concursos não há salvação.
(3) A divulgação do livro deve começar pelo próprio escritor. O leitor não tem a obrigação de se aventurar a um continente desconhecido a não ser que lhe sejam perfeitamente demonstradas as conveniências da viagem, depois a publicidade por conta de outras pessoas e instituições poderá completar o trabalho. No entanto, uma boa divulgação não pode, sozinha, promover alguém a escritor. Só o que é bom permanece.
(4) Salvo os casos de best-seller, excepcionais, no geral o público leitor é pequeno. O número de candidatos a concursos é enorme. Editor, que é bom, dificilmente está à disposição dos autores jovens. Portanto, quem quiser vencer na vida é melhor procurar outra profissão. A literatura só compensa àqueles que pretendem explicar a existência, conhecer melhor as pessoas e dizer sempre a verdade, haja o que houver”.
Fonte: GOMES, Danilo. Escritores brasileiros ao vivo. Belo Horizonte: Ed. Comunicação / INL / MEC, 1980. vol. 2
|