“No Brasil, a crítica mistura um pouco literatura urbana com literatura policial. Em toda ficção que aparece uma morte, ela já é automaticamente literatura policial. Que diabos de escritora policial sou eu que não tem detetive e não tem mistério nos meus livros? Se eu tiver de ser definida, tenho de ser definida como escritora de temática urbana e não de romance policial. Não uso o crime para o entretenimento como faz o policial. Quando uso o crime, é sempre um pretexto para algo. Accqua toffana é um livro sobre crueldade, O matador é sobre a banalização da violência, Elogio da mentira trata da falência artística, Inferno é sobre exclusão social”.
Fonte: Valor, 19/04/2001 – Robinson Borges
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