Reza a lenda que esse mamífero marsupial foi assim denominado devido a um mal entendido lingüístico. Na época da colonização da Austrália, um assistente do explorador – Capitão Cook – ao ver aquele estranho animal dando pulos de até dois metros de altura, perguntou a um nativo como se chamava o dito. O nativo respondeu na sua língua: “gan-guruu”, que significa “não sei”. E assim o pobre animal passou a ser chamado. Com o tempo a palavra tomou a forma atual: canguru. Essa é a origem da palavra que durante algum tempo foi aceita por todos. Até o dia em que o filólogo Millôr Fernandes resolveu investigar a questão. Procurou em alguns dicionários etimológicos e encontrou em Partridge, o mais importante etimologista de nosso tempo, a verdadeira origem da palavra: “’Kangaroo’; ‘wallaby’ (variação de canguru). As palavras ‘kanga’ e ‘walla’, significando saltar ou pular, são acompahadas pelos sufixos ‘roo’ e ‘by’, significando quadrúpedes”. Logo, Kangaroo e Wallaby seriam quadrúpedes puladores e saltadores. Com isso, Millôr - reconhecido humorista - prestou um grande des-serviço ao folclore lingüístico, pois todos acham a primeira versão muito mais engraçada.
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