A origem da palavra é francesa: cravate, uma corruptela do nome croate. Nos séculos XVII e XVIII, durante o Antigo Regime, integrava o exército francês um regimento de cavalaria composto por mercenários croatas, chamado Royal-Croate. Seu uniforme era composto por uma cinta de pano vermelho enrolada no pescoço, que passou a ser chamada de croate pelos franceses para distinguir os mercenários croatas. O uso desta indumentária se generalizou depois da Revolução Francesa e teve seu auge em meados do século XIX, quando se discutia seriamente sobre os melhores nós de gravata e quais as cores mais adequadas a cada situação. Desnecessário dizer que os ingleses levaram essa discussão mais longe que os franceses. Mas estes também não deixavam por menos. Existe um comentário publicado no jornal parisiense L’Illustration sobre a gravata preta usada por Dom Pedro II numa visita ao seu primo Duque de Aumale. Disse o jornal que ele “n’a pás craint de se montrer em cravate noire chez son cousin le duc d’Aumale”. Ou seja, que ele não teve medo em se apresentar com gravata preta na casa do importante primo. A forma atual da gravata foi criada pelo alfaiate nova-iorquino Jesse Langdorf, que em 1924 deu a peça um corte angular em suas extremidades.