“O poeta que mais me influenciou, deixando os grandes como Drummond, Bandeira, João, prá lá, foi Ferreira Gullar. Li A luta corporal quando tinha 16 anos e cheguei a copiar todos os poemas à mão. Esse foi um livro seminal para mim. Gullar desde essa época já assumia ‘muitas vozes’. Foi o que ele me ensinou. Na poesia, por mais que a gente queira ter uma marca autoral – que é, ao mesmo tempo, uma coisa boa, mas também uma prisão -, quem não souber criar atalhos, acaba escrevendo sempre o mesmo”.
Fonte: Jornal do Brasil, 21/10/2000 – Heloisa Buarque de Hollanda
|