"Ser jornalista e poeta, conciliando a literatura com o trabalho em redação, é muito difícil. Acho que crio mais quando tenho mais tempo. Não sou o tipo de pessoa que gosta muito de pressão. Gosto de ir ao teatro, ao cinema, a uma exposição de arte. Isso me inspira a escrever depois. Gosto mais de ficção, das coisas subjetivas. Como jornalista, sempre tive que me segurar, porque dava uma vontade de mudar as aspas dos entrevistados, deixá-las mais poéticas, mais literárias. Acho que por isso sempre gostei de textos para revista, que te permitem isso, aquele nariz de cera enorme".
Fonte: ANDRADE, Marcela Heitor. Jornalistas podem ser escritores?: 21 entrevistas brasilienses. Monografia apresentada à Faculdade de Comunicação da UnB como requisito para a graduação em Comunicação Social. Brasilia: UnB, 2008.
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