"O jornalismo é uma investigação, a literatura é uma recriação, é invenção. Se pode fazer jornalismo literário como o fiz em muitas das crónicas de Para morrir iguales, e sem dúvidas também em Señas particulares, onde há investigação, jornalismo... Desde que era estudante de jornalismo nas década de 1970, eu aspirava buscar personagens para incluir em meus livros. Nesse sentido foi fundamental o livro A sague frio, de Truman Capote. Eu fiquei impactada quando o li; queria encontrar personagens assim. Em 1987, quando começei a escrever Unomásuno, crónicas da cidade, segui com a idíea de encontrar o persoangem. Eu queria leva-lo para o jornal, apesar do pouco espaço que dispunha. Com este propósito é que chego à Penitenciária de Tepepan em 1993, e realizo uma oficina. No cárcere costumam reunir-se personagens mais "trangressores da sociedade", sem dúvida gente inocente, cujo acontecimento mais importante em suas vidas é ter chegaro ali. Esses são os personagens que me interessam conhecer, porisso me sinto obrigada a provurar pessoas que podem me contar uma históri. eu não posso nem devo viver tudo o que eles viveram, mas estou obrigada a tratar de que encontrem o que viveram porque me parecem testemunhos que nos explicam esta sociedade.
Fonte: Casa del Tiempo (México), v.2, nº 19, mayo de 2009, p. 17-19