"Acho que tudo é vocação, jornalista, escritor, comerciante.

Naturalmente, a vocação é muito mais determinante para quem é músico, por exemplo, do que para quem for jornalista. Isto é, creio que são pouquíssimos os jornalistas que realmente têm vocação específica para isso; os demais podem ser bons profissionais, mas não têm necessariamente o espírito, o interesse, o senso do ‘interessante’, do ‘premente’, a mistura de curiosidade, inquirição e rapidez que faz com que um jornalista se distinga do pesquisador, do cientista, do literato, por exemplo. Desse modo, não há necessariamente muitos pontos em comum entre o jornalista e o escritor. Grandes escritores podem não ter nenhum senso jornalístico, nesse sentido mais estrito. Um grande jornalista talvez não seja necessariamente senhor de todos os seus meios de expressão; embora, nesse caso, acho que possa aprender; aí, trata-se mais de um treinamento técnico".

Fonte: COSTA, Cristiane H. <www.penadealuguel.com.br>, 3 de agosto de 2006.