“Acredito (que a literatura) seja um bom instrumento (para discutir questões políticas) e tenho como modelo alguns livros que funcionam como minhas referências nesse aspecto da relação entre literatura e política. Por exemplo, A condição humana, de Malraux, e Conspiração, de Paul Nizan. Acho que é um bom instrumento para transmitir algo em relação à memoria. Há uma relação entre escrita e memóra necesaria para tratar de algo que não é unicamente real, mas também simbólico”.

Fonte Jornal do Brasil, 13/10/2001 – Rodrigo Alves

“Você tem razão (a literatura política empobrece a escrita), mas eu luto sempre para fugir desses estereótipos políticos, ideologías cristalizadas. Mas meu passado me ajuda. Antes, quando todos eram “políticos”, eu era hermético e lírico. Mas, a partir dos anos 90, eu me tornei político do meu jeito. Busco uma maneira lateral, diferente, de entrar nos grandes temas políticos. Não aceito as portas deentradas oficiais. Prefiro as entradaqs laterais, menos procuradas e menos conhecidas, os pequenos desvios”.