“Cresci em meio à classe trabalhadora e, apesar de viver, hoje, junto a pessoas com muito dinheiro, conheci bem a realidade de pobreza e penúria por que passam muitos de meus personagens. Nesse livro, discuto também as divisões étnicas da sociedade americana, essa tensão que existiu por aqui até conseguirmos ter um presidente irlandês e católico como Kennedy. Mas não faço literatura marxista. Escrevo sobre indivíduos e não sobre classes. Não nego a minha simpática pelas classes trabalhadoras ou, no caso de Ironweed, até mesmo pelos marginais. Ainda assim, quero, em meus livros, descrever pessoas durante um conflito, seja de classe, de amor, étnico ou o que for”.
Fonte: O Estado de São Paulo, 05/03/1997 – C.H
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