"Escrever é vida? Em vários sentidos, escrevo para viver, sim. Escrever é fundamental para viver e até para viver antecipadamente. A gênese de minha inclinação para a literatura? As coisas começaram antes de começar. Já tinha certa experiência desde a infância, diria melhor, intimidade com a palavra, mais com a palavra a serviço da ideologia. Meu pai, hoje com 84 anos, pertencia ao grupo da Seara Nova e foi secretário de Jaime Cortesão na Biblioteca Nacional. Como historiador, trabalhou na Primeira República, e eu convivia com essa atmosfera em casa."
Fonte: MEDINA, Cremilda de Araújo. Viagem à literatura portuguesa. Rio de Janeiro: Nórdica, 1983.
|