"Desde criança eu era um contador de histórias, mas não sabia disso. Contava histórias pra mim mesmo e era minha própria audiência. Criava mundos fantásticos, narrativas espetaculares. Com 18 anos tive a primeira oportunidade de expressar tais fantasias narrativas para um perqueno grupo de crianças de um projeto de educação, no qual era monitor. A experiência foi uma das masi marcantes da minha trajetória na área das narrativas. Três crianças me pediram: 'Ilan, conta uma história'. Eu fiquei mudo por alguns segundos. Nunca havia contado histórias. Respirei fundo e comecei a inventar uma história... Depois de cinco minutos, apareceram mais três crianças, como que caídas do céu. Depois mais quatro e mais e mais. No final da história, havia umas 15 crianças me olhando praticamente sem piscar. Aquilo foi como um raio na minha cabeça. O que estava acontecendo? O que fiz? O que era contar histórias? Por que elas gostaram tanto? Por que eu gostei tanto de contá-la? Muitas perguntas... A partir desse episódio comecou minha trajetória no mundo das narrativas".
Fonte: Vila Cultural (S.Paulo), ano 7, nº 85, mai. 2011
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