"Eu gostava de Monteiro Lobato e adorava aquelas histórias ilustradas. E também ia muito ao cinema... de modo que a imagem está presente até hoje no que eu escrevo. Quando morávamos no Rio de Janeiro, minha mãe, com a saúde abalada, não podia sair, me pedia para eu comprar-lhe uns livros, que eu lia para ela e às vezes lia para mim mesmo. Peguei gosto pelas histórias do Lobato, pelas histórias que eu via no cinema e nos livros de minha mãe. O escritor é um contador de histórias, algumas verdadeiras e muitas inventadas. Acho que é isso que sou, é isso que faço com textos e imagens. Um fator que me ajudou nisto foi quando eu, ainda menino, estudava no Colégio São Bento, em São Paulo, e tinha que fazer redações de 25 linhas. Os padres exigiam histórias de 25 linhas, nem mais nem menos. Isto me ajudou a disciplinar o hábito de escrever".
Fonte: Depoimento de 5 de abril de 2004.
|