por Clara Pinto Correa
“O que me seduz é depuração do escritor até o osso, o esforço para chegar a um minimalismo absoluto, para dizer apenas o essencial. Trevisan só usa o mínimo, não põe no papel uma palavra a mais que o necessário. Ele escreve exatamente como os japoneses escrevem seus haicais. E isso dá ao leitor uma enorme liberdade. Como não está tudo dito, mas apenas o essencial, o leitor fica livre para imaginar as histórias como bem entender e assim cada leitor de Dalton Trevisan lê um Trevisan diferente. Ninguém consegue ler um conto de Dalton Trevisan do mesmo modo, porque cada leitor o completa à sua maneira e isso é absolutamente espantoso. O que Trevisan faz é escrever narrativas que são diferentes para cada leitor, já que cada leitor deve completar a narrativa na sua cabeça e o faz de um jeito”.
Fonte: O Estado de São Paulo, 22/03/1997 – José Castello
por João Antônio
“Dalton Trevisan chegou à essência da arte, seu conto é quase um poema, um haicai. Ele executa com extremo primor a proposta de acrescentar cada vez mais densidade à frase”.
Fonte: O Estado de São Paulo, 25/05/1996 – Luiz Zanin Oricchio
por Valêncio Xavier
Dalton é um gênio, um revolucionário. É um escritor que busca a síntese, e por isso sua escrita se torna cada dia mais seca. Acho que é também um homem que só escreve pelo prazer de escrever e por isso eu o leio com grande prazer também”.
Fonte: O Estado de São Paulo, 19/12/1998 – José Castello
por Wilson Martins
“Desde o início sou um grande admirador do Dalton. Ele introduziu no conto brasileiro uma perspectiva absolutamente original. Mas sua obra está completa, não podemos nem devemos esperar surpresas. Ainda assim, ele continua a escrever com a competência de sempre”.
Fonte: O Estado de São Paulo, 30/05/1998 – José Castello |