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Academia - Autores
Monteiro Lobato

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BECKER, Elizamari  R.        Patrícia Lessa F. Cunha     Dr.      UFGRS   2006  

Título: Forças motrizes de uma contística pré-modernista: o papel da tradução na obra ficcional de Monteiro Lobato

Sinopse: Este estudo objetiva analisar três forças motrizes que muito influenciaram a escritura de Monteiro Lobato: o conto, a tradução e a ideologia humanista. Conhecido por sua literatura infantil, pouco se estudou sobre sua obra adulta e menos ainda sobre sua profícua atividade tradutória. Como contista, Lobato pode ser dito ao lado de Machado de Assis ¿ um dos grandes incentivadores do conto, resgatando-o de sua posição marginal e elevando-o à categoria de gênero literário em uma época geralmente negligenciada pela crítica sua produção anterior à Semana de Arte Moderna (1922), alcançando seu público através de estratégias de marketing inovadoras e, portanto, formando um novo público leitor brasileiro. Seus ideais nacionalistas e suas crenças ideológicas estão presentes em tudo o quanto escreveu, proporcionando ao leitor do século XXI um claro panorama de sua época. O humanismo é, se não a mais visível ideologia em sua obra, a que gerou maior conflito, sobretudo em contraste com sua formação cristã e seu refinado tom pessimista. Tendo traduzido mais de cem livros, Lobato contribuiu indiscutivelmente tanto para a circulação quanto para a edição de obras traduzidas inglesas e norteamericanas em sua maioria, enriquecendo, dessa forma, nosso polissistema literário e promovendo uma sensível mudança no status da tradução, marginal e secundária na época. Ele consciente e cuidadosamente escolhia o que traduzia com o intuito de alcançar um objetivo: dar ao público leitor brasileiro especialmente ao infantil literatura estrangeira de qualidade. Segundo ele, Kipling estava arrolado entre os ¿sumos¿ contistas, o que o levou a traduzir e publicar suas obras, experiência que resultou tanto na apropriação quanto na expropriação daqueles textos, o que pode ser facilmente verificado por qualquer leitor atento tanto da contística quanto do epistolário de Lobato, nas muitas estratégias por ele empregadas: empréstimos, invocações de personagens, reconstrução de histórias e imagens das narrativas de Kipling.

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LACERDA, Vitor Amaro    Regina Horta Daurte              Ms.      UFMG   2008 

Título: Um mergulho na Hélade: mitologia e civilização grega na literatura infantil de Monteiro Lobato

Sinopse:

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ZORZATO, Lucila Bassan     Marisa Philbert Lajolo       Ms.   UNICAMP 2007

Título: A cultura alemã na obra infantil Aventuras de Hans Staden, de Monteiro Lobato

Sinopse: A pesquisa A Cultura alemã na obra infantil Aventuras de Hans Staden, de Monteiro Lobato examina, a partir das obras Meu cativeiro entre os selvagens do Brasil (1925) e Aventuras de Hans Staden (1927), a relação de Monteiro Lobato com a cultura alemã. O estudo dessas obras suscita indagações a respeito não só dos processos de tradução e adaptação adotados por Lobato e da recepção da obra pelo público, como também questões referentes à relação do autor com o universo alemão. Sob este aspecto, a pesquisa investiga, através da análise de documentos e da correspondência lobatiana, a representação da cultura alemã para Lobato, as propostas de versão de sua obra para o alemão, sua recepção entre leitores de língua alemã e a relação do autor com a própria língua

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GENOVA, Mariana Baldo         Marisa P. Lajolo             Ms.   UNICAMP 2006

Título: As terras novas do sitio: uma nova leitura da obra "O picapau amarelo" (1939)

Sinopse: Este trabalho é uma leitura da obra O Picapau Amarelo (1939), de Monteiro Lobato, baseada na mudança de personagens estrangeiros para o sítio de Dona Benta. Enquanto muitos estudos caracterizam O Picapau Amarelo como exemplo de narrativa baseada na fantasia, essa dissertação pretende apontar para a presença, na obra, de crítica social e da visão pessimista do autor diante da sociedade moderna e urbanizada. Este trabalho também insere O Picapau Amarelo em uma linha que inclui obras em que é possível reconhecer as diferentes opiniões de Lobato acerca da modernidade. Nesse sentido, sugere-se que as idéias de Lobato se apresentam em ?fases? - de afirmação, dúvida e negação do progresso ? que talvez se relacionem à vida (sucessos e fracassos) e a atividades de Lobato, acrescidas da situação social e econômica do país

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ROCHA, Jaqueline N.          Marisa P. Lajolo                 Ms.    UNICAMP 2006

Título: De caçada as caçadas : o processo de re-escritura lobatiano de Caçadas de Pedrinho a partir de A Caçada da Onça
Sinopse: A Caçada da Onça , obra que Monteiro Lobato publicou em 1924, não integrou, em 1931, Reinações de narizinho ? título que resulta da junção de vários livros publicados por Lobato durante a década de vinte e inicio de trinta. Foi ampliada e rebatizou pelo autor em 1933 passando, então, a intitular-se Caçadas de Pedrinho. Este trabalho se ocupa do processo de transição da obra de 1924 para a de 1933 cotejando suas edições, considerando os diferentes momentos em que foram escritas, articulando as versões tanto à vida de Lobato quanto ao contexto sócio-historico brasileiro. Propõe, finalmente, uma leitura do texto de 1933 a partir da análise de seus aspectos formais e temáticos

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MAXIMO, Gustavo           Maria Augusta B. Mattos        Ms.   UNICAMP 2004

Título: Duas personagens em uma Emilia nas traduções de Monterio Lobato

Sinopse: Esta dissertação aborda, a partir de uma análise de duas traduções realizadas por Monteiro Lobato - "Alice's Adventures in Wonderland", de Lewis Carroll e "Pollyanna", de Eleanor H. Porter - a contigüidade existente entre as personagens principais Alice e Pollyanna com a boneca de pano criada por Lobato, a irreverente Emília. Por esse motivo, localizamos nas traduções de Lobato uma tensão que se faz presente pela descaracterização das personagens dos originais, o que provoca questionamentos em função das falas das personagens em relação às atitudes e aos procedimentos. Dentro desta perspectiva, observamos que Monteiro Lobato traduziu as duas obras com os olhos de Emília o que descaracterizou a Alice britânica e a Pollyanna norte-americana dos originais. Para nos auxiliar na análise, trabalhamos com outras duas traduções das mesmas obras para compará-Ias com as de Monteiro Lobato. Para "Alice's Adventures in Wonderland", trabalhamos com a tradução de Ana Maria Machado e para "Pollyanna" com a de Paulo Silveira o que acabou por nos oferecer melhor embasamento para a defesa da hipótese. O resultado da pesquisa foi que realmente as traduções lobatianas dessas duas obras traziam como personagens principais uma "Emilice", isto é, uma Alice brasileira e uma outra "Emilyanna", ou seja, uma Pollyanna brasileira

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TIN, Emerson                   Marisa P. Lajolo                    Dr.  UNICAMP  2007

Título: Em busca do "Lobato das cartas" : a construção da imagem de Monteiro Lobato diante de seus destinatarios

Sinopse: O objetivo desta tese é identificar e analisar o ?Lobato das cartas?, ou seja, o processo de construção da imagem de Monteiro Lobato em sua correspondência ativa. Há, assim, o Lobato familiar, o escritor e o editor, o dos Estados Unidos, o do ferro e do petróleo, o da prisão e o das crianças. Essa imagem, porém, varia não só segundo circunstâncias de tempo e de lugar mas também em função do destinatário. Palavras-chave: Lobato, Monteiro, 1882-1948 ? Correspondência ? Crítica e interpretação, Cartas brasileiras ? Séc. XX ? História e crítica

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ALBIERI, Thais de Mattos        Marisa P. Lajolo          Ms.    UNICAMP  2004

Título: Lobato : a cultura gramatical em Emilia no pais da gramatica

Sinopse: A pesquisa intitulada "Lobato: a cultura gramatical em Emitia no pais da Gramática" visa a cruzar dois universos: o do livro infantil - Emitia no pais da Gramática - publicado em 1934, com o de artigos, prefácios, entrevistas, fragmentos sobre língua portuguesa escritos em diversas épocas e veículos de imprensa por Monteiro Lobato (1882-1948), e que se encontram publicados em livros que fazem parte das Obras Completas do autor, cuja primeira edição data de 1946.A partir deste cruzamento, foi possível estabelecer em que medida as idéias dos textos convergem ou divergem das noções de língua transmitidas na obra destinada ao público infantil. Desta análise dos textos, pode-se extrair uma possível concepção de língua, e de literatura, de Monteiro Lobato.

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MARTINS, Milena Ribeiro           Marisa Lajolo              Dr.     UNICAMP 2003

Título: Lobato edita Lobato : historia das edições dos contos lobatianos

Sinopse: O objetivo desta tese é analisar a atuação de Monteiro Lobato como editor de sua própria obra, mais especificamente de seus livros de contos: Urupês (1918), Cidades mortas (1919), Negrinha (1920), O macaco que se fez homem (1923), Contos escolhidos (1923), Contos leves (1935) e Contos pesados (1935). A cada nova edição destes livros, Lobato os alterava substancialmente: além de ter alterado os textos, o escritor-editor também modificou capas, prefácios, dedicatórias; incluiu textos; excluiu outros; extinguiu um livro inteiro, O macaco que se fez homem, cujos contos passaram a ser publicados em outros livros. Para estudarmos a atuação deste escritor-editor, fizemos inicialmente um mapeamento das condições do mercado editorial brasileiro dos anos 1920, a partir de dados extraídos da Revista do Brasil (1916-1925) e da correspondência de alguns escritores, dentre os quais Machado de Assis, Euclides da Cunha, Lima Barreto e Graciliano Ramos. Comparando diferentes edições dos livros de contos de Lobato, construímos hipóteses para analisar os objetivos editoriais e as concepções literárias presentes nas diferentes estruturações das coletâneas de contos. Também nos interessaram questões relativas ao gênero literário das produções lobatianas e a possíveis efeitos de leitura provocados pelas diferentes edições.

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SANTANA, Vanete Dutra       Camen Zink Bolognini       Dr.   UNICAMP 2007

Título: Lobato e os carrascos civilizados : construção de brasilidade via reescritura de Warhaftige Historia, de Hans Staden

Sinopse: Até recentemente, parece ter sido natural a representação das culturas de regiões periféricas como um refletor das idéias forjadas na cultura dominante, a européia. Assim, o que foi produzido pelos europeus sobre a América Latina tem sido considerado verdade absoluta, como a imagem criada por Hans Staden, aventureiro alemão do século XVI, sobre o Brasil em seu livro Warhaftige Historia (Verdadeira história), e reforçada pelo viajante alemão do século XIX Robert Avé-Lallemant em sua adaptação Hans Staden von Homberg bei den brasilienischen Wilden oder die Macht des Glaubens und Betens (Hans Staden, de Homberg, com os selvagens brasileiros ou o poder da fé e da oração). Uma vez que Staden afirmou estar contando a verdadeira história de um país de selvagens nus e canibais chamado Brasil, não só a região à qual se referia, mas todo o país que ela viria a compor, passou a ser representado ? inclusive no imaginário nacional atual ? como uma terra exótica, onde cobras e selvagens enfeitados com penas se misturam pelas ruas, sem se questionar o objeto das observações de Staden. O Brasil, ou o que podemos chamar Brasil, é uma criação do século XIX, portanto o que Staden falou a respeito das terras onde esteve na segunda metade do século XVI só pode servir para se referir àquelas terras e naquela época, quando não havia nem unidade territorial, nem cultural, nem autonomia política que pudesse caracterizar o que chamamos Brasil. Porém, a despeito de a contestação do eurocentrismo ser um fenômeno pós-moderno, já havia no Brasil do início do século XX uma intelligentisia disposta a contestar o modelo eurocêntrico de representação de nosso país. Um caso exemplar dessa contestação pode ser encontrado na adaptação que Monteiro Lobato, intelectual e empreendedor, fez do livro de Staden ao desconstruir a imagem do bom-europeu apresentando a verdadeira história de Staden a partir da perspectiva de integrantes da tribo tupinambá (tribo de índios que habitava o litoral da região sudeste do atual Brasil e da qual Staden foi prisioneiro). De herói branco imagem auto-construída e reforçada ao longo de séculos, Staden passa a ser apresentado por Lobato como um covarde que só escapou de ser devorado em um ritual antropofágico por chorar e implorar a seu Deus que salvasse sua vida. Considerando esse corpus e tendo como pano de fundo suas condições de produção, procuramos demonstrar como as relações inter-culturais entre Brasil e Europa foram re-contextualizadas pelo escritor brasileiro, abrindo espaço para o questionamento das idéias eurocêntricas e para uma reflexão nacional brasileira sobre si próprio o brasileiro e seu país o Brasil , no sentido de construir uma identidade brasileira. Nosso objetivo específico foi mostrar como o interesse de Lobato ao recontar a história de Staden a partir de sua perspectiva não-eurocêntrica, desconstruindo a imagem do bom-europeu e valorizando a cultura indígena, faria parte de um projeto maior, relacionado à sua atuação no mercado editorial e na política, que teria por finalidade construir uma certa brasilidade por meio da absorção não passiva (adaptação aos interesses locais) da cultura universal ? algo semelhante ao que Goethe e os românticos alemães fizeram visando à construção da germanidade (Deutschheit). Como abordamos a construção de identidade a partir de uma perspectiva lingüística e como a língua é um dos elementos fundamentais da cultura, estendemo-nos a outros temas, tais como o processo de formação da língua portuguesa falada no Brasil e da nação brasileira, considerando os grupos raciais, culturais e lingüísticos que a compuseram, bem como alguns aspectos históricos, políticos e econômicos envolvidos.

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BIGNOTTO, Cilza Carla            Marisa P. Lajolo           Dr.     UNICAMP  2007

Título: Novas perspectivas sobre as praticas editoriais de Monteiro Lobato (1918-1925)

Sinopse:Esta tese apresenta novas perspectivas sobre a atividade editorial de Monteiro Lobato nos anos de 1918 a 1925, período em que ele esteve à frente de editoras consideradas revolucionárias na história do livro brasileiro. Monteiro Lobato é visto como editor revolucionário, entre outros motivos, por ter criado uma rede nacional de distribuição de livros e por pagar generosamente direitos autorais. Esse trabalho examina, por meio de documentos inéditos relativos às editoras, de que maneira Lobato utilizou práticas editoriais já existentes em seu tempo, reformulando-as ou adaptando-as para cumprir as metas de suas empresas. Para tanto, investiga a formação de autores e editores brasileiros, do início do oitocentos até o início do século XX, enfocando as diferentes características atribuídas às figuras de autor e de editor ao longo do tempo. A tese também advoga que intelectuais tiveram papel fundamental na criação e na manutenção da rede nacional de distribuição de livros administrada por Lobato. Finalmente, contratos de edição, desconhecidos até o momento, são transcritos e analisados com o objetivo de fornecer informações e hipóteses inovadoras a respeito do pagamento de direitos autorais pelas empresas do editor.

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GOUVEIA, Luzimar        Goulart  Suzi Frank Sperber     Ms.   UNICAMP 2002

Título: O homem caipira nas obras de Lobato e de Mazzaropi: a construção de um imaginario

Sinopse: Um confronto entre as obras de Monteiro Lobato e de Mazzaropi leva a interessantes observações sobre os procedimentos adotados na construção da figura do caipira presente na Literatura e no Cinema Brasileiros. Enquanto Monteko Lobato, ao criar o Jeca Tatu, não considera o processo histórico que criou um tipo de cultura específica dentro do corpo da sociedade brasileira, a cultura caipra, Mazzaropi, ao aproveitar a personagem de Lobato no cinema, traz contribuições importantes para que seja ouvida a voz do caipra. Lobato não considerou particularidades da cultura caipra, ignorou a expropriação das formas dessa cultura, além da expropriação das formas de economia. Mais ainda, Lobato fala a partir de seu lugar de classe e silencia a voz do caipka, por meio do procedimento de atribuição de voz, e, ao folclorizar o caipira, faz revelar a visão que a área dos ocupantes tem dos ocupados. A voz que prevalece, então, é a voz do outro, falando sobre o não ser. Numa perspectiva que considera uma dialética do "não ser e do ser outro", de Paulo Emílio Salles Gomes, a análise do filme Jeca Tatu, traz o caipka, na obra de Mazzaropi, como pertencente à área do ocupado, ocupado esse criado pelo ocupante. Mazzaropi dá voz ao caipka, propicia o encontro do representado com sua representação, e se utiliza de alguns recursos sorrateiros e eficientes na representação do caipra. A personagem filmica de Mazzaropi, Jeca Tatu, vai insem-se na "dialética da malandragem", proposta por Antonio Candido. Com a assunção da malandragem, o Jeca de Mazzaropi vai aparecer desfolclorizado, porque vivo, dinâmico e não preso a um congelamento da imagem do caipka, segundo interesses dos ocupantes. À malandragem, Mazzaropi carreia outro recurso: na instância do discurso, o Jeca acaba por "desconstruir" o lugar de fala do ocupante, com a recorrência ao riso, com a reserva para si da última palavra. Assim, o Jeca de Mazzaropi aparece com voz e pode promover um lugar de resistência dentro dojogo das forças sociais.

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SANTOS, Vânia Luica C.M.    Tânia Regina O. Ramos    Mr.      UFSC    2002

Título: Um Sítio maior do que um site: Monteiro Lobato, sempre

Sinopse: Esta dissertação, que passa por um exercício de memória individual, objetiva, em um primeiro momento, uma retomada à obra e ao papel histórico de Monteiro Lobato no que se refere à modernização da prática editorial brasileira e à luta pela conquista de leitores infantis, já no início do século XX. Em um segundo momento, objetivou-se ler uma literatura de Monteiro Lobato para o século XXI: acompanhada da mais alta tecnologia, a Rede Globo de Televisão trouxe, mais uma vez, a obra do autor para o imaginário dos brasileiros. Trata-se especialmente da adaptação de No Reino das Águas Claras para a qual, como em versões anteriores, houve o cuidado de "alterar" pela tecnologia, mas resguardar a originalidade das histórias originais. Esta versão, como toda a obra de Monteiro Lobato, integra-se também em uma dinâmica pedagógica, motivando as crianças telespectadoras ( ou os adultos) a interagirem cotidianamente com a obra, recurso moderno e eficiente para a criação e manutenção de um leitor cativo.

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CASSAL, Sueli Tomazini B.     Ana Maria L. Mello           Dr.     UFRGS    2003

Título: O Brasil visto verticalmente : uma constelação chamada Monteiro Lobato

Sinopse: Abordamos, nesta tese, quatro perfis do escritor paulista Monteiro Lobato (1882-1948). Primeiro, seu lado visionário, que redundou na criação de uma extensa obra voltada para a infância e, paralelamente, em uma grande investida no mundo empresarial. É a utopia escrita e passada ao ato. Para levar a cabo seu trabalho hercúleo, Lobato sorveu da filosofia de Nietzsche o quantum satis para lhe redobrar a ímpeto intelectual. Este é o segundo ponto discutido aqui. Fazendo tabula rasa dos ideais educacionais de seu tempo, Lobato criou personagens paradigmáticos para povoar sua Utopia, calcados no pensamento de Rousseau (Emílio x Emília) e nos ideais do Iluminismo. É a matéria do terceiro capítulo. Para fechar o círculo, no quarto capítulo, examinamos os vínculos do autor com a sociedade norte-americana do início do século XX, que lhe forneceu o modelo de uma comunidade próspera e feliz, que o escritor sonhava implantar no Brasil.

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FENSTERSEIFER, Cristiane      Maria Lucia C.W.           Ms       UFRGS    2005

Título: Lições de natureza no Sítio do Picapau Amarelo

Sinopse: Apresento nesta dissertação, que é inspirada nos Estudos Culturais, análises discursivas sobre representações de natureza, e outras que considero estarem a elas articuladas, na nova versão da série televisiva (reproduzida em vídeos comercializados inclusive nos supermercados brasileiros) o Sítio do Picapau Amarelo, produzida pela TV Globo. Esta série, tal como as outras que a antecederam e que foram veiculadas pela TV Tupi (1951), TV Cultura (1964), TV Bandeirantes (1967) e TV Globo (1977), é uma adaptação das obras infanto-juvenis de mesmo nome, escritas por José Bento Monteiro Lobato, na primeira metade do século XX. Neste estudo, considero tal série, a partir de análises conduzidas por Kellner (2001 e 1995), Giroux (2003, 2001 e 1995), Steinberg (1997), como uma importante pedagogia cultural. Nele detenho-me, especialmente, nos episódios: O Saci, As caçadas de Pedrinho e O poço do Visconde, nos quais a mata, os arredores do sítio e outros cenários ¿naturais¿ são bastante destacados. A partir deles, discuto: os modos de endereçamento da nova série televisiva; o modo como se lida na série com a dicotomia tantas vezes assumida entre alta e baixa cultura, bem como com situações que envolvem e colocam em oposição o urbano e o rural, o global e o local; e com as representações de natureza, que a configuram ora como ameaçadora, ora como ameaçada em muitos desses episódios. Destaco que, para o desenvolvimento das análises, foram também considerados os textos das histórias de Lobato e uma das antigas séries (veiculada pela TV Globo nos anos de 1977 a 1986), a qual se constituiu em um extenso (foi apresentada durante nove anos) e muito apreciado programa televisivo para crianças.

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RODRIGUES Jr., Alvaro G.B       Segio Bairon             Ms.    Mackenzie  2008

Título: O sítio-labirinto de Monteiro Lobato: hipermídia e construção de conhecimento

Sinopse: A presente pesquisa pretende analisar a obra infantil de Monteiro Lobato, O Sítio do Picapau Amarelo sob o viés da linguagem hipermidiática, através da qual o seu potencial cognitivo e intersemiótico da seriam amplificados para além do texto e, até mesmo do conceito de uma narrativa ergódica. Valendo-se deste potencial, Lobato propõe reflexões socio-culturais inseridas num contexto lúdico e fantasioso (ou fantástico), as quais podem passar desapercebidas pelo público infantil, mas que são extremamente significativas para o público jovem e adulto. O estudo realizado analisa a linguagem hipermídiática e sua relação com a obra O Sítio do Picapau Amarelo ao mesmo tempo que examina, as evidências e possibilidades de um ambiente hipermídia. Desta forma, realizou-se um estudo que procurou identificar, incialmente, as características, motivações e ideologias do autor, sua relação com o público leitor e as peculiaridades da obra em questão e dos personagens nela inseridos. Em seguida, buscou-se o enfoque na teoria hipermidiática existente para, finalmente, unir o Sítio ao Labirinto em uma nova dimensão narrativa, a qual possibilita uma construção reticular, modular e não-linear do texto lobatiano, conectado a imagens, movimentos e sons, ao mesmo tempo que reafirma o inquestionável senso cultural e cognitivo pertencente a Lobato.

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PRADO, Amaya O.M.A.           José Batista de Sales     Ms.     UFMGS  2007

Título: Adaptação, uma leitura possível: um estudo de Dom Quixote das crianças, de Monteiro Lobato

Sinopse: Este trabalho analisa a obra Dom Quixote das Crianças (1936), de Monteiro Lobato (1882-1948), a partir da identificação dos recursos adaptativos utilizados. Deste modo, pretende evidenciar o projeto de adaptação do autor e sua leitura do clássico Dom Quixote (1605;1615), de Miguel de Cervantes Saavedra (1547-1616). Operando comparativamente, este estudo desenvolveu-se em três etapas. A primeira delas explora o conceito de adaptação e seu papel na literatura infantil brasileira, a partir de estudos de Lauro Maia Amorim, Regina Zilberman, Marisa Lajolo e Nelly Novaes Coelho. Na segunda, utiliza-se o aporte teórico indicado por Zilberman, na descrição dos ângulos de adaptação, para identificar as alterações em relação ao texto original. A última parte encerra uma reflexão acerca da apropriação da estrutura narrativa cervantina, por parte de Lobato, além de apontar a preocupação de ambos os autores com a recepção do texto. Estas consideraçõs resultam da aproximação dos estudos de Maria Augusta da Costa Vieira e de Socorro Acioli, sobre Dom Quixote das Crianças.
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CIELO, Andreia Vedoin    Maria do Carmo Galiazzi        Ms.     UFSM  2006

Título: EDUCAÇÃO AMBIENTAL, REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS): de volta a escola com Monteiro Lobato

Sinopse: Esta pesquisa teve como principal finalidade contribuir com a formação de professores em educação ambiental, tendo como referência de estudo e pesquisa o diálogo com a obra literária de Monteiro Lobato. A Teoria das Representações Sociais foi tomada, nesta pesquisa, como alternativa de aproximação entre o texto lobatiano, as professoras envolvidas e sua Representação de meio ambiente. Monteiro Lobato é um clássico e por isso seus livros tornaram-se inesquecíveis. Ele reafirma o prazer do encontro com um texto que fala-nos do humano. Seus leitores, crianças e adultos, viajam em seus livros, sentem-se parte integrante da fantasia e de seu reino imaginário. Procuro então tomar a leitura não como uma mera ferramenta, como um mero recurso, mas como um lugar de produção conhecimentos e de saberes necessários à docência e à prática educativa. Nesse sentido, a Literatura, de uma maneira geral, e a literatura infantil, em particular, surgem como uma alternativa possível para entrarmos em contato com a subjetividade humana, com os excluídos sociais, com o diferente. Podemos, então, entender a literatura como uma representação de mundo, dependente dos valores, das vivências do autor e do leitor. Os estudos sobre representações nos possibilitam uma aproximação com as construções imaginárias dos educadores. Por isso, torna-se importante, na formação de professores, olhar para dentro de si, buscando reconhecer nossas próprias representações. A reflexão e a problematização sobre nossas representações permitem também modificar ações e atitudes no mundo. Essa transformação de ações a atitudes torna-se importante quando pensamos em Educação Ambiental, pois ela nos desafia a elaborar alternativas para trabalhar as questões ambientais de uma forma mais ampla, refletindo, por exemplo, sobre a questão da solidariedade, do respeito, da cooperação, da tolerância. O trabalho com as questões ambientais no cotidiano escolar, mais do que uma necessidade formal, se constitui em uma exigência do mundo contemporâneo. Um mundo onde cada vez mais somos desafiados, o tempo todo, a refletir sobre nossas representações sobre o outro. A partir das discussões com as professoras participantes da pesquisa, pude concluir que, apesar das representações de Meio Ambiente estarem muito relacionadas com os aspectos físicos e biológicos, percebe-se uma busca de mudança, de problematização dessas representações cristalizadas na sociedade. Aspectos como o social, o cultural começam a ocupar espaço na fala e no imaginário das professoras. Em suas falas percebi que elas entendem que todos nós somos seres inconclusos e que aprendemos durante toda nossa vida, não importando a idade e o tempo de profissão que temos. E isso é um excelente começo para buscar a melhoria da prática pedagógica. Elas são professoras cientes de seu papel na sociedade e na edificação de pessoas que reflitam sobre os fatos políticos, econômicos e sociais que acontecem em sua cidade e no mundo.

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Autoria                     -               Orientação     -      Grau  -  Local  -  Data

OLIVEIRA, Diva de               Maria Luiza G. Atik         Ms.   Mackenzie  2006 

Título: Os doze trabalhos de Hércules: a estilização do mito na obra Lobatiana

Sinopse: O objetivo deste trabalho é uma abordagem intertextual entre os textos-base Héracles de Eurípedes, As metamorfoses de Ovídio e Os doze Trabalhos de Hércules de Monteiro Lobato. Inicialmente, analisar-se-á como o mito do herói grego Hércules foi estilizado por Monteiro Lobato, através de um levantamento das marcas inseridas na variante intertextual, apontando as semelhanças e as dessemelhanças em relação aos textos-base. Para tanto, promover-se-á o encontro dos conceitos sobre dialogismo de Mikhail Bakhtin e a teoria sobre intertextualidade desenvolvida por Julia Kristeva. Pretende-se ainda demonstrar de que maneira o escritor de Taubaté contribuiu para a formação da Literatura Infantil brasileira e as inovações por ele idealizadas nas mais diversas áreas de atuação.

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Autoria                     -               Orientação        -      Grau  -  Local - Data

OLIVEIRA, Danielle C. S.      Antonio R. Belon               Ms      UFMGS  2007

Título: Os doze trabalhos de Hércules: uma leitura do herói em Monteiro Lobato

Sinopse: Este trabalho realiza uma interpretação de Os Doze Trabalhos de Hércules (1944), de Monteiro Lobato, a partir da atuação do herói representada nesta narrativa e do mecanismo de produção e revisão textual. Neste estudo, desenvolvemos, num primeiro momento, uma pesquisa de campo nos acervos da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, do Município de São Paulo, e do Centro de Documentação Cultural "Alexandre Eulálio", da Universidade de Campinas,SP, em que foram selecionadas e comparadas as várias edições do livro citado, desde a primeira em 1944 às atuais. Em um segundo momento, temos os princípios da recepção literária em que são analisados o conceito e função de herói, mito de Hércules e interpretado o enredo lobatiano. Com o desenvolvimento deste estudo, procuramos apontar Lobato como o herói de seus escritos, por meio do processo de produção e revisão textual em que elaborou para recontar um mito sob o viés do trabalho coletivo, da praticidade, da inteligência e da modernidade atrelado ao compromisso lobatiano da construção do saber e do desenvolvimento cultural da criança.

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CARVALHO, Diógenes B.A.    Vera Teixeira Aguiar       Dr  .  PUC/RGS  2006

Título: A adaptação literária para crianças e jovens : Robinson Crusoe no Brasil

Sinopse: A presente tese, A adaptação literária para crianças e jovens: Robinson Crusoe no rasil, tem como objeto de estudo a adaptação literária para crianças e jovens no Brasil, tendo como suporte teórico a Estética de Recepção e a Sociologia da Leitura. A tese é composta de duas partes, ao mesmo tempo independentes e complementares. Na primeira parte, dividida em dois capítulos, analisa-se a recepção histórica e crítica da adaptação literária, a partir das histórias da literatura infantil brasileira e de textos analíticos; e apresenta-se um panorama da adaptação literária, enfocando-se as obras, os autores, a tipologia, as coleções, os adaptadores e as editoras, com base num levantamento bibliográfico, que abrange o período de 1882 a 2004. Na segunda parte, igualmente, segmentada em dois capítulos, o foco central é o estudo das adaptações da obra inglesa, A vida e as aventuras de Robinson Crusoe (1719), de Daniel Defoe, realizadas por Carlos Jansen (1885), Monteiro Lobato (1931) e Ana Maria Machado (1995), a partir de estudo extra-textual, em que se analisa a circulação e editoração da obra no Brasil, os contextos de produção do texto original/adaptações e os paratextos das adaptações, e de estudo intra-textual, no qual se investiga o processo de adaptação, a partir das normas literárias e extra-literárias, presentes nas três adaptações selecionadas, para, em seguida, realizar analise comparativa entre as três adaptações e a obra original, objetivando, identificar e analisar os procedimentos narrativos na adaptação, para a formulação de um conceito de adaptação literária infanto-juvenil

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OLIVEIRA, Diva de               Maria Luiza G. Atik         Ms.    Mackenzie  2006

Título: Os doze trabalhos de Hércules: a estilização do mito na obra Lobatiana

Sinopse: O objetivo deste trabalho é uma abordagem intertextual entre os textos-base Héracles de Eurípedes, As metamorfoses de Ovídio e Os doze Trabalhos de Hércules de Monteiro Lobato. Inicialmente, analisar-se-á como o mito do herói grego Hércules foi estilizado por Monteiro Lobato, através de um levantamento das marcas inseridas na variante intertextual, apontando as semelhanças e as dessemelhanças em relação aos textos-base. Para tanto, promover-se-á o encontro dos conceitos sobre dialogismo de Mikhail Bakhtin e a teoria sobre intertextualidade desenvolvida por Julia Kristeva. Pretende-se ainda demonstrar de que maneira o escritor de Taubaté contribuiu para a formação da Literatura Infantil brasileira e as inovações por ele idealizadas nas mais diversas áreas de atuação.

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BECKER Elizamari R.      Patricia Lessa F. Cunha             Dr.    UFRGS  2006

Título: Forças motrizes de uma contística pré-modernista : o papel da tradução na obra ficcional de Monteiro Lobato

Sinopse: Este estudo objetiva analisar três forças motrizes que muito influenciaram a escritura de Monteiro Lobato: o conto, a tradução e a ideologia humanista. Conhecido por sua literatura infantil, pouco se estudou sobre sua obra adulta e menos ainda sobre sua profícua atividade tradutória. Como contista, Lobato pode ser dito ao lado de Machado de Assis ¿ um dos grandes incentivadores do conto, resgatando-o de sua posição marginal e elevando-o à categoria de gênero literário em uma época geralmente negligenciada pela crítica sua produção anterior à Semana de Arte Moderna (1922), alcançando seu público através de estratégias de marketing inovadoras e, portanto, formando um novo público leitor brasileiro. Seus ideais nacionalistas e suas crenças ideológicas estão presentes em tudo o quanto escreveu, proporcionando ao leitor do século XXI um claro panorama de sua época. O humanismo é, se não a mais visível ideologia em sua obra, a que gerou maior conflito, sobretudo em contraste com sua formação cristã e seu refinado tom pessimista. Tendo traduzido mais de cem livros, Lobato contribuiu indiscutivelmente tanto para a circulação quanto para a edição de obras traduzidas inglesas e norteamericanas em sua maioria, enriquecendo, dessa forma, nosso polissistema literário e promovendo uma sensível mudança no status da tradução, marginal e secundária na época. Ele consciente e cuidadosamente escolhia o que traduzia com o intuito de alcançar um objetivo: dar ao público leitor brasileiro, especialmente ao infantil, literatura estrangeira de qualidade. Segundo ele, Kipling estava arrolado entre os sumos contistas, o que o levou a traduzir e publicar suas obras, experiência que resultou tanto na apropriação quanto na expropriação daqueles textos, o que pode ser facilmente verificado por qualquer leitor atento tanto da contística quanto do epistolário de Lobato, nas muitas estratégias por ele empregadas: empréstimos, invocações de personagens, reconstrução de histórias e imagens das narrativas de Kipling.

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BRATSIOTIS, Ericka Sophie       Elisa G. Pinto            Ms.   Mackenzie   2006

Título: A mitologia grega na obra do minotauro de Monteiro Lobato

Sinopse: As histórias da mitologia tentam expressar uma verdade que não pode ser captada de outra maneira. Os mitos são a busca dessa verdade. Monteiro Lobato, ao contar histórias, buscava a verdade levando seus personagens em viagens através dos tempos. A presente dissertação tem por objetivo contrastar, à luz da intertextualidade, o texto de Monteiro Lobato em sua obra O Minotauro com textos da mitologia grega escritos por outros autores, ressaltando a maneira como a história é narrada e o conhecimento transmitido ao leitor. Para que isso seja possível, este trabalho alicerçará seus estudos em Monteiro Lobato, A. S. Franchini, André Gide, Carmen Seganfredo, Joseph Campbell, Junito Brandão, Odile Gandon, Thomas Bulfinch e Viktor D. Salis. Para a análise da intertextualidade, tomou-se como referência os autores Barros e Fiorin, Bakhtin, Kristeva, Koch e Travaglia. Lobato, em seu texto, utiliza-se de uma linguagem simples para contar a história da Grécia Antiga e, ao longo da narrativa, dá definições de vocábulos e deixa claro o quanto este país foi importante para o desenvolvimento da arte, da ciência e, a influência que a língua grega tem na língua portuguesa

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MORAES, Gabino Ribeiro            Nelson Rego                 Ms.  UFRGS   2006

Título: A Chave do tamanho" abre o conhecimento do espaço geográfico

Sinopse: A presente dissertação caracteriza-se por uma proposta de instrumentalização do ensino de Geografia na perspectiva da interdisciplinaridade. Uma experiência de simbiose entre Geografia e Literatura foi realizada com a participação dos alunos do Projeto Amora, da quinta série do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A obra A chave do tamanho, de Monteiro Lobato, foi utilizada como subsídio para a percepção do conceito de escala geográfica, muitas vezes confundindo com escala cartográfica. Esse elo pretende possibilitar a construção de um aluno cidadão, com ênfase na leitura e na imaginação. O projeto foi desenvolvido na perspectiva da pesquisa-ação, que aborda os significados humanos presentes nos conteúdos escolares, refazendo as teias de relações das nossas tradições e raízes culturais, bem como da memória coletiva. As operações mentais que os alunos utilizam para estabelecer relações entre os objetivos, situações, fenômenos e pessoas ou personagens são modalidades estruturais de inteligência que se transformam em habilidades. Três níveis distintos de relações podem estabelecer-se entre o aluno e a obra literária. O nível básico de operae performática, tida como arte de fronteira, a pedagogia performática constitui-se também como uma pedagogia de fronteira, em vista da hibridização pedagogia-e-arte em que se funda, colocando-se igualmente no espaço das pedagogias culturais ou não formais. Dentro do conceito de pedagogia performática, chegamos à construção de um pequeno sistema pedagógico que abrange tanto o existencial quanto o científico. A pedagogia performática representada pela boneca Emília responde à condição bidimensional do ser humano: razão e sensibilidade. Por se fazer mediante uma aliança com a arte - no caso, a literatura -, é mais sugestiva do que prescritiva; está apta a colaborar para o surgimento de um paradigma pedagógico não-centrado na hegemonia do racional; tem um caráter atemporal e universal, podendo ser aplicada em todos os níveis de ensino, não se restringindo, entretanto, ao espaço escolar

ções mentais torna presente o objeto do conhecimento para o sujeito por meio das ações de identificar, localizar, descrever, perceber e reconhecer. O nível operacional de relações com e entre os objetos reúne os procedimentos necessários de comparar, compor, medir, organizar, representar e transformar, entre outros. O nível global envolve as operações mais complexas de aplicação de conhecimento, as quais exigem as capacidades de analisar, explicar, abstrair e construir. O objetivo deste estudo é oportunizar condições que favoreçam ou interfiram na construção das relações espaciais no plano do ensino e da aprendizagem, analisar as orientações presentes nas propostas curriculares e visualizar novas hipóteses ou possibilidades para o entendimento das relações espaciais. Esta pesquisa está referenciada em uma abordagem qualitativa que tem por base um projeto desenvolvido em sala de aula. Para isso, as aulas foram ministradas por uma dupla de professores que realizaram leituras e reflexões sobre a temática, utilizando os seguintes recursos: desenhos, atividades escritas, mapas conceituais, leitura dos dez primeiros capítulos da obra literária, observações e participação dos alunos. Os dados levantados sugerem a viabilização da obra A chave do tamanho, de Monteiro Lobato, como recurso didático na prática do ensino de Geografia. Além de facilitar o entendimento da noção de escala geográfica, este projeto oferece também novas oportunidades para facilitar a compreensão da realidade local e global.

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SOARES, Gabriela P.     Maria Helena R. Capelato         Dr.         USP   2002

Título: A semear horizontes: leituras literárias na formação da infância, Argentina e Brasil (1915-1954).

Sinopse: Esta tese discute, de forma comparada, a construção de um espaço de produção e circulação de obras literárias para crianças na Argentina e no Brasil, entre 1915 e 1954. O tema das leituras infantis ganhou importância nesses contextos, alimentado, entre outros fatores, pelo diálogo com referências e iniciativas observadas no exterior, pelo desenvolvimento e segmentação do mercado editorial, e pela expansão e diversificação das instâncias para debate e ação educacionais. Os problemas centrais da investigação referem-se ao papel atribuído às leituras literárias na formação infantil e à natureza dos repertórios que se quis proporcionar, para além dos textos escolares, a esse público. Nesse sentido, a análise privilegia as perspectivas que orientaram o trabalho de autores de literatura infantil argentina e brasileira, bem como o de mediadores dedicados a promover e prescrever a leitura de determinadas obras - não restritas às origens nacionais -, a partir dos meios educacionais, bibliotecários e editoriais. Com freqüência, essas perspectivas entrecruzaram-se com os princípios de educação integral, tributários da moderna pedagogia ou da escola nova, os quais valorizavam a literatura como meio de formação da criança. Se tais interseções foram um alento para a difusão, nos dois países, das leituras literárias na infância, marcaram também, em boa medida, o perfil das obras nacionais publicadas e as atitudes mediadoras. Poucos escritores chegaram a destacar-se em cenários onde brilhavam clássicos da literatura infantil estrangeira, profusos sobretudo na Argentina. No Brasil, todavia, despontou Monteiro Lobato.

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BASTOS, Glaucia Soares     Renato Cordeiros Gomes   Dr.     PUC/RJ  2007

Título: MONTEIRO LOBATO: PERFIS E VERSÕES

Sinopse: Esta tese apresenta uma leitura de parte da obra de Monteiro Lobato,relacionando-a com momentos importantes da vida do autor e com o contextointelectual e social brasileiro. Procura-se apontar, através de sua correspondência,certos princípios e intenções recorrentes quando da elaboração tanto de contoscomo de textos jornalísticos. Estuda-se também sua fortuna crítica, observando-secomo as interpretações de sua obra variam de acordo com os pressupostosadotados pela crítica literária e como se constroem perfis biográficos que sãoutilizados para sustentá-las.

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DIAS, João José                       Fernando Gil                   Ms.      UFSC   2007

Título: Expandindo o olhar das páginas literárias ao cinema: a caricatura do Jeca na expressão de Lobato e Mazzaropi

Sinopse: A construção da imagem e do tipo caipiras, dentro da literatura e do cinema, foi elaborada à luz de imagens e conhecimentos pré-estabelecidos e estagnados no tempo. A representação de sua imagem está, ainda hoje, atrelada a um modo de ver externo a sua cultura e corresponde aos interesses de quem detém o poder. A contingênncia dessa caracterização guarda máculas desse embate cultural e de classe entre o caboclo e o senhor de terras, detentor dos meios de produção. Analisada devidamente a pluralidade de tipos caipiras em Monteiro Lobato, na literatura, e Amancio Mazzaropi, no cinema, o que se vê é a perpetuação dessa imagem e a instituição de uma identidade de certa forma anômala do caboclo, o que fez com que fosse pintado, nos dizeres de Antonio Candido, de maneira bela, injusta e caricatural. Mesmo buscando a verossimilhança, ambos os autores acentuaram e fizeram retumbar com mais força e amplitude a marca negativa desse estereótipo, imprimindo-lhe de novo apenas um olhar piedoso e/ou analítico acerca das condições paupérrimas de vida do caipira paulista, sem, entretanto, irem a fundo em aspectos pertinentes a sua cultura e modo de vida. Compreendendo os períodos entre 1914 e 1970, o trabalho apresentado faz um passeio pelo breve século XX, mostrando de que forma acontecimentos como as duas grandes guerras e a Revolução Soviética de 1917, e suas posteriores consequências, por exemplo, foram encaradas no país, não se esquivando, por certo, de uma pertinente leitura das adaptações da imagem do caipira nesse período.

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NICOLA, Janaina           Edgar Cezar N. dos Santos     Ms.     UFMGS  2007

Título: No escuro do discurso: uma revisita a Emília e Eulália.

Sinopse: Sob o crivo das asserções legadas aos estudos críticos da linguagem e, em especial, aos que concernem ao discurso, este texto propõe-se construir um espaço de "confronto" entre linguístas e gramáticos, a fim de analisar esse polêmico, inquieto e ainda novo relacionamento - que sustenta as implicações acerca dos estudos da língua -, além de aspectos do status da gramática normativa no ensino de língua portuguesa. Para alcançar a meta, esta pesquisa ocupa-se do exame pretensamente dialógico dos textos: Emília no País da Gramática, de Monteiro Lobato, A Língua de Eulália, de Marcos Bagno, e o documento Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998). Essa intencionalidade reclama, pois, a investigação dos caminhos que percorrem os textos em questão, para a absorção das possibilidades de sentidos com que essas obras trabalham, a produção dos discursos que veiculam, a fim de desvendar o como e o do quê eles se constituem. O empreendimento descrito alinha-se às contribuições teóricas e práticas providas pela Análise de discurso de orientação francesa, que encontra especialmente nas figuras de Michel Foucault e Michel Pacheux os centros de gravitação em torno dos quais se encaminham as propostas do estudo do discurso que hoje irrompem. Esta pesquisa classifica-se como bibliográfica quanto aos meios nos quais se apóia e exploratória quantos aos fins de que se compraz. Metodologicamente, não optamos por pesquisa de campo, uma vez que a intencionalidade de que nos acercamos reclama o exame dos discursos veiculados pelas obras, bem como sua implicância na construção do discurso propagado pelas políticas educacionais que, por sua vez, estendem-se à vida social e particular daqueles que se valem de seus apontamentos, espontaneamente ou não. Construímos nosso corpus por meio da seleção de enunciados comparados à luz do suporte teórico desenvolvido. Dentre alguns dos resultados a que este estudo pode remeter, importa destacar a evidência, o movimento e a extensão do poder instaurado na prática (e no relacionamento) dos personagens em confronto, a contradição dos seus discursos com relação ao que pregam e a corrida (a luta) pela preservação de suas posições, de seus lugares políticos nas "cadeias dos saberes", sobrepondo-se às necessidades afirmadas com relação ao progresso educacional, à expansão de conhecimentos em face do preconceito linguístico e a emancipação idealizada pelo governo com base nos apontamentos advindos da ciência que essas duas classes (linguistas e gramáticos) fabricam e disseminam no estudo da linguagem.

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ROCHA, Jaqueline N.               Marisa P. Lajolo             Ms.  UNICAMP  2006

Título: De caçada as caçadas : o processo de re-escritura lobatiano de Caçadas de Pedrinho a partir de A Caçada da Onça

Sinopse: A Caçada da Onça , obra que Monteiro Lobato publicou em 1924, não integrou, em 1931, Reinações de narizinho ? título que resulta da junção de vários livros publicados por Lobato durante a década de vinte e inicio de trinta. Foi ampliada e rebatizou pelo autor em 1933 passando, então, a intitular-se Caçadas de Pedrinho. Este trabalho se ocupa do processo de transição da obra de 1924 para a de 1933 cotejando suas edições, considerando os diferentes momentos em que foram escritas, articulando as versões tanto à vida de Lobato quanto ao contexto sócio-historico brasileiro. Propõe, finalmente, uma leitura do texto de 1933 a partir da análise de seus aspectos formais e temáticos

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TOPAN, Juliana de Souza      Joaquim Brasil F. Jr.         Ms.   UNICAMP  2007

Título: O "Sitio do Picapau Amarelo da Antiguidade": singularidades das Grecias lobatianas

Sinopse:As primeiras adaptações de mitos gregos em obras destinadas a crianças e jovens, escritas e publicadas no Brasil, datam do início do século XX, em que Monteiro Lobato, autor considerado como um dos fundadores de nossa literatura infanto-juvenil, teve uma importante contribuição. Com a publicação de "O Minoutauro" (1939) e "Os doze trabalhos de Hércules" (1944), Lobato apresenta uma imagem da Grécia Antiga (em especial, do século V a. C., conhecido como "século de Péricles") e da Grécia Arcaica (que ele chama de "Heróica", por ser onde localiza os grandes feitos de heróis guerreiros, como Hércules). Nessas obras, chamanos a atenção a maneira como o autor se apropria da chamada "mitologia grega" - subvertendo, muitas vezes, a versão canônica, re-inventando narrativas, adaptando-as ao público mirim e apresentando uma imagem idealizada da cultura grega antiga e arcaica. Nesse sentido, Lobato revela suas influências de autores franceses, como Ernest Renan e Anatole France, e do filósofo e historiador Will Durant, ao reforçar, em suas obras, a idéia do "milagre grego". Além disso, constrói singularmente a figura do herói Hércules, como um homem bruto em modos e inteligência, mas dotado de grande sentimentalidade. Isso nos faz refletir sobre os diversos modelos de narrativa heróica, em especial, dos heróis grego arcaico (típico da narrativa épica) e europeu moderno (típico da narrativa romanesca)
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KRAUSS, Liliane             Maria Aparecida Junqueira      Ms.    PUC/SP   2007

Título: A barca de Gleyre: estilo e criação literária nas cartas de Lobato a Rangel

Sinopse: A presente dissertação tem como objetivo estudar a obra A Barca de Gleyre, de Monteiro Lobato. Busca apreender, nas cartas de Monteiro Lobato a Godofredo Rangel, reunidas nessa obra, o conceito de estilo, de criação literária, além de biografemas lobatianos. Nesse discurso epistolar, de correspondência ativa, as cartas evidenciam a trajetória intelectual de Lobato, o que nos levou a um levantamento dos discursos estabelecidos nas cartas, compreendendo-os como formadores do pensamento do autor. Em outras palavras, pretendemos apreender como as cartas, enquanto gênero, recebem um tratamento literário no trato estilístico. A partir dessa problemática e do objetivo proposto, duas hipóteses norteiam esta pesquisa: a correspondência de Lobato a Rangel é um exercício para criticar a criação literária e modificar sua própria concepção de estilo; a correspondência de Lobato com Rangel, enquanto biografema literário lobatiano. A fundamentação teórica que orienta este trabalho apóia-se, primordialmente, nos estudos de Bakhtin, em relação ao discurso, uma vez que enfoca a problemática da criação literária no seu âmbito estético e formal; nos de José Lemos Monteiro, no que diz respeito às noções de desvio estilístico e virtudes do estilo; nos de Elaine Caramella, no que se refere às noções de biografema. O trabalho divide-se em três capítulos. O primeiro faz uma breve introdução sobre epistolas e analisa a estrutura da obra A Barca de Gleyre. O segundo trata do que significa estilo para Lobato e sua criação literária. O terceiro capítulo recolhe, das cartas, traços biografemáticos do autor. Entre outras conclusões, apreende-se o processo de lapidação estilística de Lobato, a dificuldade do estabelecimento de fronteiras entre o real e o fictício, os rastros, as marcas deixadas pelo autor, na construção de sua vida literária
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OLIVEIRA, Luciana S.       Ana Maria H. Baptista            Ms.  PUC/SP  2006

Título: Monteiro Lobato e a formação da literatura infantil brasileira: um possível questionamento sobre a idéia de precursor

Sinopse:Esta dissertação tem como objeto de estudo a idéia de precursor atribuída a Monteiro Lobato no que diz respeito à literatura infantil brasileira Partimos do pressuposto de que Lobato não deve ser considerado precursor embora tenha contribuído de forma significativa para a formação da literatura infantil contemporânea O lançamento de seu primeiro livro A menina do nariz arrebitado aconteceu no momento em que os ideais modernistas fervilhavam no Brasil O Movimento Modernista que inicialmente propunha a atualização do país em relação à Europa acabou por negar o passado e toda a influência exercida por Portugal. As mudanças que ocorrem com o conceito de infância na virada do século exerceram uma profunda influência na concepção da obra lobatiana A criança do século XIX não será a mesma do século XX O avanço da medicina a preocupação em relação à higiene o surgimento da penicilina os estudos psicológicos e pedagógicos dão uma nova dimensão e um novo significado à infância A literatura destinada a elas também passa por uma transformação visto que elas deixarão de ser consideradas adultos pequenos para serem vistas apenas como crianças que necessitam de cuidados apropriados à sua condição Dessa maneira tomaremos como base para nosso estudo a idéia da valorização do contexto histórico para propor uma reflexão sobre o papel que Lobato vem ocupando ao longo de diversas gerações tomado como o criador da literatura infantil no Brasil Para isso partiremos principalmente da análise das correspondências de Lobato ao amigo Godofredo Rangel publicadas posteriormente em A Barca de Gleyre

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COELHO, Maicol M.L.       Marcia Helena M. Ferraz         Ms.  PUC/SP 2005

Título: Forte e bonito como o barão: ciência e propaganda no Brasil, início do século XX

Sinopse: Inconformado com os problemas causados por agregados em sua fazenda, Monteiro Lobato criou em 1914 o Jeca Tatu, símbolo de uma raça brasileira arredia à civilização. Em épocas anteriores, clima e miscigenação racial já eram apontados como culpados pela preguiça e indolência de parte dos brasileiros, em particular do caboclo, do caipira. Expedições ao interior do Brasil realizadas pelo Instituto Oswaldo Cruz, em especial as realizadas em 1912, deram outra resposta àquela velha questão: a culpa é da doença. As análises e as conclusões dos cientistas não ficaram restritas ao relatório de viagem, dentro do Instituto; a iniciativa do médico Belisário Penna as colocou ao alcance de parte, ainda que pequena, da sociedade. Interessado no tema, Monteiro Lobato teve contato em 1918 com as idéias dos cientistas, encontrou a cura para o seu Jeca Tatu e fê-lo, ainda, divulgar algumas das conclusões formuladas após os estudos realizados durante a expedição científica. Revigorado Jeca se tornou, pouco depois, garoto-propaganda do laboratório Fontoura. Estes acontecimentos tiveram lugar em uma época em que a publicidade, em particular de medicamentos, descobriu a credibilidade que o termo ciência e seus agentes conferiam aos produtos anunciados. Esta dissertação de mestrado permite compreender o papel da ciência na formação dos conceitos e imagens aqui apresentados. Analisa um momento da publicidade brasileira em que os anúncios de remédio avolumam-se em páginas de revista, e um momento seguinte, em que esses anúncios se valem da ciência para obter credibilidade. Analisa a origem e a transformação do Jeca Tatu, sua apropriação pela publicidade e algumas etapas da divulgação de idéias e conceitos científicos

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RIBEIRO, Maria Paula G.     Ana Cecilia A. Olmos           Dr.      USP   2008

Título: Monteiro Lobato e a Argentina: mediações culturais

Sinopse: Este trabalho estuda a atuação de Monteiro Lobato (1882-1948) como mediador cultural, isto é, como intelectual que, engajando-se em projetos culturais e atuando nas várias instâncias do campo intelectual seja como editor, seja como autor ou tradutor colocou em diálogo as produções literárias do Brasil e da Argentina das primeiras décadas do século XX. Na medida em que o projeto literário de Lobato visava criar uma arte brasileira, que valorizasse a cultura do país, este trabalho indaga sobre os motivos que levaram o autor a estabelecer esse contato com escritores e editores argentinos, as formas em que se concretizou esse diálogo cultural e, inclusive, este estudo se pergunta até que ponto esse diálogo coloca em evidência uma vocação latino-americanista. Assim, a partir da análise dos artigos, resenhas e livros publicados em ambos os países, tentamos mostrar que a mediação cultural promovida por Monteiro Lobato proporcionou tanto o intercâmbio intelectual entre os dois países quanto a inserção de sua obra no mercado editorial argentino.

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MELLO, Neide Moraes de   Cicero Romano R. de Araujo   Dr.      USP   2007

Título: Intelectuais na vida pública: Mário de Andrade e Monteiro Lobato

Sinopse: Este trabalho compara a atuação e a vida pública de dois intelectuais que tiveram um papel de destaque em meio às discussões que trataram da modernização do Brasil, bem como compara os projetos de país com os quais se envolveram durante as décadas de 20 e 30. A partir da análise das atividades do Departamento de Cultura da prefeitura paulistana entre 1934 e 38 chefiada pelo modernista Mário de Andrade e da vida e obra do escritor e editor Monteiro Lobato, pretende-se avaliar a postura que assumiram diante da modernização inexorável de uma sociedade agrária e exportadora como a brasileira, de reação e defensiva por arte do primeiro, e de adesão ativa ao modelo norte-americano de sociedade afluente a de mercado interno pelo segundo. Defende também que a coerência interna do modelo proposto por Lobato frutificou tanto na esfera pública, tendo o Estado assumido várias de suas bandeiras como a causa da siderurgia e do petróleo, quanto entre os indivíduos, na medida em que a \"pedagogia desenvolvimentista\" que elaborou, se não chegou a resultados materiais expressivos, a formação embutida nela engendrou a geração de militantes políticos das mais audaciosos que já houve no país, encorajando-os indiretamente à ação armada.

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CARDOSO, Nilza Ap. Alves   Kania M. A. Pereira     Ms.   UFUberlândia  2006

Título: As criações neológicas em Monteiro Lobato : para a construção de um glossário

Sinopse: Esta pesquisa teve por objetivo fazer um levantamento do léxico da obra Urupês, de Monteiro Lobato, a fim de construir um glossário dos neologismos encontrados na obra. Está vinculada ao projeto intitulado Dicionários dos Neologismos Literários do Português do Brasil do Mestrado em Linguística da Universidade Federal de Uberlândia. Partimos da hipótese de que Lobato, na tentativa de contextualizar os personagens em espaços afastados dos centros urbanos, busca no léxico da Língua Portuguesa, a construção de palavras inusitadas que representem o efeito poético por ele pretendido. Outra hipótese seria a de que suas criações lexicais podem resgatar afetivamente a época e as vivências do autor. Nosso trabalho, em primeiro lugar, consistiu na seleção dos substantivos, adjetivos e verbos presentes na referida obra, objeto da pesquisa. Para verificar o caráter neológico destas lexias, foram usados como corpus de exclusão dicionários de época e os fundamentos da teoria de Boulanger (1979). Em seguida, fizemos a análise do sentido contextual das palavras e, além disso, por meio de notas linguísticas, acrescentamos outras informações que consideramos relevantes. Verificamos, após a pesquisa, que foi encontrado um número significativo de neologismos na obra lobatiana, confirmando, assim, uma das nossas principais hipóteses. Através do estudo das palavras selecionadas, percebemos, ainda, a expressividade dos elementos vocabulares empregadas pelo autor. Desse modo, podemos, finalmente, concluir que Monteiro Lobato construiu seus neologismos pelos conhecimentos que tinha da estrutura de sua língua, o que favoreceu, de certa forma, a construção de sentidos para as palavras. Além disso, suas criações lexicais adquirem um sentido inédito dentro do contexto literário em que se encontra registrado.

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COSTA, Nivaldete F. da       Maria Arisnete C. Morais      Dr.     UFRGN  2005

Título: A Boneca Emília: por uma pedagogia performática

Sinopse: A pesquisa parte de uma visão histórica da boneca Emília criação do escritor Monteiro Lobato , relacionando-a com a educação, enquanto pedagogia performática. Utiliza aportes teóricos de Renato Cohen, pesquisador brasileiro da linguagem performática, e do pensador e pedagogo alemão Nietzsche, aplicando-os às obras Emília no país da Gramática, Aritmética da Emília e A chave do tamanho. Mostra que o performático tem suas origens mais remotas no mito de Dioniso e que, à semelhança da art

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Autoria                     -               Orientação        -      Grau  -  Local - Data

HABIB, Paula A. B. B.            Maria C. P. Cunha            Ms.  UNICAMP   2003

Título: Eis o mundo encantado que Monteiro Lobato criou : raça, eugenia e nação

Sinopse: O objetivo deste estudo é abordar uma parte da vida e da obra de José Bento Monteiro Lobato (1882-1948) investigando como dialogou com teorias raciais e com a Eugenia. No contexto histórico das primeiras décadas do século XX discutir a nação significou discutir a constituição racial do povo brasileiro e suas possíveis conseqüências para o futuro do Brasil. Assim, pretendi analisar como o autor participou e divulgou o projeto de intervenção social, que em um sentido mais amplo, vinculava-se ao tema da regeneração nacional

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Autoria                     -               Orientação        -      Grau  -  Local - Data

LIMA, Reanta Vilanova        Eliana Lucia M.Y.Garcia       Ms.   PUC/RJ   2005

Título: VI LOBATO, ATRAVÉS DE EMÍLIA: EMÍLIAS ILUSTRADAS PARA TRÊS FASES DE LOBATO

Sinopse: Esta dissertação sugere um ponto de vista acerca da ilustração no livro infantil. Tem por objeto de análise as visões de ilustradores sobre uma mesma personagem e como esta pôde ser transformada nas mãos de cada autor de imagens. O objeto de estudo é Emília, personagem escolhida como ponto de partida para entender um pouco mais sobre o universo da ilustração em livro. Simultaneamente, Emília também favorece um maior entendimento sobre Monteiro Lobato, grande autorde obras da literatura infantil e importante peça para aconstrução de um parque editorial no Brasil. A pesquisa pôde encontrar outras facetas do escritor, que justificavam o apuramento técnico dos seus livros e a exigência com relação à sua visualidade. Lobato exerceu um papel de designer, escolhendo artistas conceituados de sua época para ilustrar seus livros. E para cada uma das três fases da personagem boneca, escolheu um ilustrador diferente, que mais se adequava ao momento de Emília na narrativa. Proporcionou, com isso, um amadurecimento da boneca não apenas pelo texto escrito,mas também pelas metáforas visuais suscitadas pelas ilustrações. Analisou-se várias imagens de Emília(s) e algumas fases do escritor, para, através de comparações entre as mesmas, entender melhor sobre a personagem complexa que conhecemos hoje. Tal metodologia mostrou-se bastante adequada a nosso propósito. Observou-se que devido a certa herança visual e às aberturas propostas pelos neologismos da boneca e pela liberdade que Lobato lhe delegou, Emília carrega muitos valores e mensagens contidos no texto escrito e nas ilustrações que o acompanham. Conclui-se que todas essas fases que promoveram a construção de um mosaico extremamente rico que constitu tanto a boneca quanto a vida de Lobato.

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Autoria                     -               Orientação        -      Grau  -  Local - Data

JUSTO, Rosa Maria O.    Maria A. da Costa Vieira          Ms.     USP     2007

Título: Os moinhos de vento no Brasil: uma leitura da adaptação de \ Dom Quixote das crianças\ de Monteiro Lobato

Sinopse: O presente trabalho consiste no estudo da adaptação de Dom Quixote das crianças (1936), de Monteiro Lobato, tendo com base o diálogo intertextual que a referida obra mantém com o Dom Quixote de la Mancha de Miguel de Cervantes (1605). Apesar da distância temporal que separa as duas obras, muitos aspectos as unem, em particular a preocupação com a leitura e com o próprio leitor da obra. A partir, portanto, do estudo da leitura e da condição do leitor correspondente a cada um dos períodos históricos, pretende-se desenhar possíveis análises e interpretações da obra de Monteiro Lobato, focalizando, em especial, as eventuais contribuições do escritor brasileiro para a formação de jovens leitores.

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Autoria                     -               Orientação        -      Grau  -  Local - Data

FRANCO, Sandra Coelho        Maria José P. G. P.          Ms.     PUC/SP  2007

Título: O biografema na biodiagramação da obra literária e epistolar de Monteiro Lobato

Sinopse: Esta dissertação analisa o biografema como um possível elemento unitário e básico da biografia tradicional, definido como traço distinto de um biodiagrama, que é a biografia em si, do escritor brasileiro Monteiro Lobato, apresentado em um córpus único e cronológico onde registra as marcas de sua oralidade, criando um discurso que o próprio autor denominou conversa em mangas de camisa. O Capítulo I trata do conceito de biografema e biodiagramação, a partir da concepção de Roland Barthes, da diferença que entremeia o estilo e a escritura e seus deslocamentos. Centraliza o sujeito da escrita ausente em seu corpo e resgatado pela fruição no corpo-linguagem. O Capítulo II aclara o conceito de leitura biografemática e de suas relações analógicas na prática textual, distinção caracterizada em A Barca de Gleyre e em Memórias da Emília de Monteiro Lobato e, nelas, os conceitos de infância e infantil. No Capítulo III tratamos do gênero epistolar e literário infantil, em estudo interpretativo pela biodiagramação. Nela, o papel da memória e da oralidade destaca o trabalho lingüístico e o novo estilo de Lobato. A prova deste estilo é apresentada nas remissivas metalingüísticas de A Barca de Gleyre e remissivas memorialistas de Memórias da Emília. Na conclusão, destaca-se a valiosa contribuição de Lobato, que por meio das obras A Barca de Gleyre e Memórias da Emília, remete-nos à singularidade do texto biográfico, a Biografia Criativa, revelada pela linguagem da vida do autor e sua concepção de mundo, traçando um panorama da língua e da literatura

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Autoria                     -               Orientação        -      Grau  -  Local - Data

GOH, Simone Strelciunas      Hudinilson Urbano              Ms.     USP    2004

Título: Metalinguagem e oralidade em Monteiro Lobato

Sinopse:O objetivo deste trabalho é resgatar a metalinguagem de Monteiro Lobato apresentada em um corpus único e cronológico e demonstrar que ele registra marcas de oralidade, criando um discurso que o próprio autor denomina de "conversa em mangas de camisa". Elegemos como corpus A Barca de Gleyre por julgarmos ser uma obra especial, em que o próprio Lobato relata suas considerações lingüísticas ao longo de quarenta anos em correspondência mantida com o amigo e também escritor Godofredo Rangel. Uma visão diferenciada da vida do autor é retratada, enfocando concomitantemente a essa biografia as considerações de Monteiro Lobato sobre a língua numa perspectiva sincrônica. Faz-se a seguir um apanhado descritivo das modalidades falada e escrita da língua, que auxilia nas reflexões e posicionamentos lobatianos, uma vez que o autor já reconhecia a existência dessas duas modalidades. Em seguida, ampliamos os pressupostos teóricos relativos aos aspectos selecionados para a pesquisa. Procede-se à análise das ocorrências no discurso do autor, no que tange a sua própria metalinguagem, a presença das repetições , termos gíricos e construções fixas, que contribuem para tornar o texto epistolográfico "uma conversa com um amigo, um duo". Na conclusão, destaca-se a valiosa contribuição de Lobato, que, por meio da obra A Barca de Gleyre, traçou um panorama da língua e da literatura durante quatro décadas e que demonstra pela sua própria postura lingüística que é possível elaborar um discurso crítico com a presença de repetições , gírias e construções fixas que corroboram para a expressividade, interação e coesão textual. Vale dizer que A Barca foi um dos instrumentos que possibilitou Lobato a ser Lobato, pelo exercício lingüístico e disposição que os dois correspondentes mantiveram por tantos anos

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Autoria                     -               Orientação        -      Grau  -  Local - Data

BRANCO, Thatty de A. Catello   Eliana Lucia M.Y. G.      Ms.     PUC/RJ   2007

Título: O MARAVILHOSO E O FANTÁSTICO NA LITERATURA INFANTIL DE MONTEIRO LOBATO
Sinopse: O objetivo deste trabalho é percorrer a construção das categorias deMaravilhoso e Fantástico em algumas obras infantis do mestre MonteiroLobato, destacando as formas de apropriação de histórias de outras tradições.

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Autoria                     -               Orientação        -      Grau  -  Local - Data

ABREU, Tâmara M.C.S.N.       Lourival Holanda              Ms.      UFPE   2004

Título: Um Lobato educador: sob o prisma da fecundidade da obra infantil lobatiana

Sinopse: A literatura infantil de Monteiro Lobato teve, desde os anos vinte, um papel fundamental na formação da criança brasileira: educar para a liberdade e para a autonomia. Esta pesquisa trata das relações entre a Literatura e a Educação; tem por finalidade mostrar como a amizade do escritor com dois educadores, Anísio Teixeira e Fernando de Azevedo, somada ao contexto histórico da Primeira República (1889-1930) quando as palavras de ordem eram nacionalismo, entusiasmo pela educação e otimismo pedagógico influenciaram os seus textos a partir da década de trinta. Apóia-se em documentos originais como as cartas entre o escritor e os educadores, e também em dados biográficos que comprovam as relações inferidas. Feito o estudo da Filosofia da Educação de John Dewey, vê-se que seus desdobramentos no Brasil se refletem no pensamento de Anísio Teixeira, Monteiro Lobato e Paulo Freire, irmanados por uma concepção progressista e humanizadora da educação e da própria vida. A pedagogia de Paulo Freire se revela, de certa forma, uma continuação da filosofia de Anísio e, conseqüentemente, da literatura lobatiana. Os livros da série infantil da coleção Obras Completas de Monteiro Lobato foram analisados à luz dos preceitos escolanovistas e progressistas, buscando estabelecer os pontos de interseção entre a sua literatura e a educação praticada por Anísio e Freire.

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Autoria               -                   Orientação     -          Grau – Local  - Data

CORDEIRO, Mariana S.     Regina H.M.A. Corrêa             Ms.   UEL      2005

Título: Mark Twain na "vitrine" de Lobato

Sinopse: Monteiro Lobato, no período compreendido entre a segunda metade da década de 10 e meados dos anos 20 do século passado, foi uma personalidade destacada no processo de formação do campo literário nacional. É possível perceber sua atuação através do resgate de sua história como escritor e seu papel no contexto editorial brasileiro o que faz surgir mais uma de suas atividades: a de tradutor. Para investigar essa atividade o presente trabalho propõe-se trazer à tona a tradução de Huck Finn feita por ele. Para tal tarefa, a análise de seu trabalho segue as propostas da Teoria da Invisibilidade formulada por Lawrence Venuti que estabelece as diferenças entre tradução domesticadora e estrangeirizadora. Venuti se coloca em defesa desta última por acreditar que ela seria a forma ideal de tradução para que o trabalho do tradutor seja "visível". Os trechos escolhidos para serem analisados são os que representam na escrita a oralidade do dialeto do negro do Missouri na fala do personagem Jim, e também as inserções de expressões coloquiais feitas pelo tradutor quando estas não apareciam na língua-cultura de partida

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