Luiz Carlos Verzoni Nejar
Nasceu em Porto Alegre, R.S., em 11 de janeiro de 1939. Tradutor, advogado, promotor e procurador de justiça aposentado e, principalmente, poeta. Pois foi nessa condição que foi colocado ao lado de João Cabral de Melo Neto e Cecília Meireles. Segundo Hugo Pontes, “ao mundo desses dois poetas, damos entrada para Carlos Nejar, poeta da geração de 60, com seu Miguel Pampa (1983), cancioneiro gaúcho”. Seu primeiro livro de poesias, Sélesis, foi lançado em 1960 e hoje conta com mais de 30 títulos, além de romances: Um certo Jaques Netan (1991), O túnel perfeito (1994), Carta aos loucos (1998), ensaios diversos e até literatura infanto-juvenil: O Menino-rio (1985), Era um vento muito branco (1987), A formiga metafísica (1988), Zão (1989), Grande vento (1997). Participou de inúmeras antologias e coletâneas de poesias e tem sua obra traduzida para diversos idiomas. Em 1989 entrou na Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de seu conterrâneo Vianna Moog. Na condição de promotor de justiça, viajou por todo o interior do Rio Grande do Sul, conhecendo palmo a palmo o pampa que avulta na sua visão poética. Participou de vários congressos e eventos internacionais de poesia, representando o Brasil, e foi premiado em diversas oportunidades: Prêmio Nacional de Poesia, do INL, em 1970; Prêmio Fernando Chinaglia, da UBE, em 1974; Prêmio Monteiro Lobato, em 1981; Troféu Cassiano Ricardo, do Clube de Poesia, em 1995, entre outros. Principais livros de poesia: O campeador do vento (1966), Danações (1969), Ordenações (1971), Casa dos arreios (1973), O poço do calabouço (1974), A árvore do mundo (1977), Os viventes (1979), Livro de gazéis (1984), A genealogia da palavra (1989), Amar, a mais alta constelação (1991), Simon vento Bolívar (1993), Arca da aliança (1995), Sonetos do paiol, Ao sul da aurora (1997) e O poço dos milagres (2005), obra em prosa não bem recebida pela crítica. Seu lançamento mais recente é uma reedição de Viventes, acrescida de 300 novos poemas. Atualmente o poeta vive com a esposa, no seu Paiol da Aurora, diante do mar de Santa Mônica, em Guarapari, Espírito Santo. Carlos Nejar é pai do também escritor Fabricio Carpinejar.
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