Nasceu em 26/09/1936, em Porto Alegre, RS. Jornalista, escritor, cartunista, músico, viajante e filho de Érico Veríssimo. Iniciou a carreira no jornal Zero Hora, em fins de 1966, como copydesk e terminou em diversas seções ("editor de frescuras", redator, editor nacional e internacional). Em 1970 mudou-se para o jornal Folha da Manhã, mas voltou ao antigo emprego em 1975, e passou a ser publicado no Rio de Janeiro também. O sucesso de sua coluna garantiu o lançamento do livro A grande mulher nua (José Olympio, 1975). Grande parte de seus livros são coletâneas de suas crônicas, publicadas em diversos jornais (11 no todo) e revistas. Ficou conhecido principalmente pelo humor sagaz e linguagem simples ao colocar no papel trivialidades do dia-a-dia. Participou também da televisão, criando quadros para o programa Planeta dos Homens, na Rede Globo e para a série Comédias da Vida Privada, baseada em livro homônimo. Além de textos, produz tiras "cartum", escreve roteiros para TV e cinema e participa de uma banda de jazz, a Jazz6, tocando saxofone. Escritor prolífico, se aventurou pelo mundo do romance com O Jardim do diabo (1988); Gula - o clube dos anjos (Objetiva, 1999) e Borges e os orangotangos eternos (Cia. da Letras, 2000). Seus romances são um pouco mais refinados que suas crônicas, mas o tom coloquial bem humorado está sempre presente. Passou a ser conhecido popularmente com O analista de Bagé (1981), coletânea de crônicas, incluídas aí diversas sobre esse personagem. Vendeu mais de 130 mil exemplares, em oito meses, Conta com mais de 5 milhões de livros vendidos no país, sendo que seu best-seller, As Mentiras que os homens contam, já vendeu quase 350.000 exemplares. No total, desde sua primeira publicação em 1973, Verissimo já lançou mais de 60 livros. Finíssimo estilista da língua, dono de um texto marcado pela mistura de precisão e beleza, ele é capaz de afirmar com orgulho que escreve "por ofício", que é "um escritor comercial, sem grande valor literário, cujo ramo é o do entretenimento". Na opinião de Jaguar "Verissimo é uma fábrica de fazer humor. Muito e bom. Meu consolo — comparando meu artesanato de chistes e cartuns com sua fábrica — era que, enquanto eu rodo pelaí com minha grande capacidade ociosa pelos bares da vida, na busca insaciável do prazer (B.I.P.), o campeão do humor trabalha como um mouro”. Outros livros: Amor brasileiro (José Olympio, 1977); O gigolô das palavras (LP&M, 1982); Sexo na cabeça (L&PM, 1980); A velhinha de Taubaté (LP&M, 1983); A mulher do Silva (LP&M, 1984); Comédias da vida privada (L&PM, 1994); Banquete com os deuses (Objetiva, 2002) etc. e diversos volumes sobre Ed Morte, seu personagem satirizando a literatura policial. Além disso, tem textos de ficção e crônicas publicadas nas revistas Playboy, Cláudia, Domingo (do Jornal do Brasil), Veja, e nos jornais Zero Hora, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil e O Globo. Extremamente tímido, foi homenageado por uma escola de samba de Porto Alegre no carnaval de 2000. Seu lançamento mais recente é o romance Os Espiões (Objetiva, 2009).
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