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ENTREVISTA SIMULTÂNEA
Roland Barthes

Nasceu em 12 de novembro de 1915, em Paris. Escritor, sociólogo, filósofo, crítico literário, semiólogo e um dos teóricos da escola estruturalista. Formado em Letras Clássicas, Gramática e Filosofia, tornou-se um crítico dos conceitos teóricos complexos que circularam dentro dos centros educativos franceses na década de 1950. Segundo Francisco Bosco ”a escrita barthesiana está sempre se movendo no intervalo sutil entre o texto de vanguarda (que retarda a fluência da leitura, impondo sobre ela seu próprio e apropriado ritmo) e o texto ’clássico’ (que mantém um compromisso com uma prática confortável da leitura)”. A sua obra, ampla e variada, caracteriza-se inicialmente pela reflexão sobre a condição histórica da linguagem literária. Em diversos livros tenta demonstrar a pluralidade significativa de um texto literário e a sobrevalorização do texto em vez do signo. Como sociólogo pertence à corrente estruturalista que caracterizou uma boa parte da intelectualidade francesa. Um de seus livros, Roland Barthes por Roland Barthes (1975 na França, 1977 no Brasil), acabou sendo definido pelo que não era: nem uma autobiografia nem um livro de “confissões” (embora com muitos elementos de um e de outro). Noutro livro, Mitologias (1957), disseca os mitos e seus signos ideológicos na sociedade de massa. Um livro essencial para o entendimento da mitologia. Em Fragmentos de um discurso amoroso (1977) elabora um sofisticado estudo lingüístico sobre o sentimentalismo. Além de teórico, mantinha intensa atividade como crítico literário, criador da revista Théâtre Populaire, animador do movimento Nova Crítica, diretor da École Pratique des Hautes Études. Principais obras: O grau zero da escrita (1953); O sistema da moda (1967); S/Z (1970); A câmara clara (1980). Faleceu em 26 de março de 1980.

 

Prossiga na entrevista:

Por que escreve?

Onde escreve?

Cinema

Crítica literária