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Biografia
Somerset Maugham

William Somerset Maugham nasceu em Paris, em 25/01/1874. Romancista e dramaturgo dos mais destacados na literatura inglesa. Filho de diplomatas britânicos, o pai proviidenciou que seu nascimento se desse na Embaixada Britânica em Paris, tirando-lhe, assim, a obrigação de envolver-se em futuras guerras francesas e permitindo que, tecnicamente, ele nascesse em território britânico. Cedo ficou órfão, tendo sido educado por um tio, vigário de Whitstable. Apesar de ter estudado Medicina na Alemanha e em Londres, nunca chegou a exercer a profissão. Seu primeiro romance - Liza of Lambeth (Liza, a pecadora) - foi lançado em 1897, uma novela se enquadra no realismo social dos "escritores dos baixos fundos". O livro teve êxito entre a crítica e o público. Isso foi o suficiente para convencê-lo a abandonar a medicina e embrenhar-se na carreira literária. A vida de escritor lhe permitiu viajar e viver em lugares diferentes, como Espanha e Capri durante a década seguinte. Porém, suas dez obras posteriores não conseguiram rivalizar com o êxito de Liza a Pecadora. A situação mudou radicalmente em 1907 com o extraordinário sucesso de sua peça Lady Frederick. Durante o ano seguinte, teve quatro obras teatrais representadas simultaneamente em Londres. Em 1914 já um homem famoso, com 10 obras de teatro representadas e 10 romances publicados. Foi nesta condição que decidiu alistar-se no Exército, durante a I Guerra Mundial, como membro da Cruz Vermelha Britânica, no chamado Literary Ambulance Drivers, um grupo de 23 conhecidos escritores, entre os quais estavam Ernest Hemingway, John dos Passos e E.E. Cummings. Nesse período, conheceu Frederick Gerald Haxton, um jovem norte-americano, que se tornou seu companheiro até seus últimos dias. Em 1915 publicou Servidão Humana classificada pelos críticos como uma das novelas mais importantes do século XX. Um romance com fortes traços biográficos. A estreita relação entre realidade e literatura foi uma das características da obra maughaniana

Em 1938, ele escreveu: "Realidade e ficção estão tão mescladas em minha obra que agora, olhando para ela, dificilmente posso distinguir uma de outra". Dentre suas diversas atividades, trabalhou como espião do Serviço Secreto Britânico. Nesta ocasião aproveitou para escrever uma coleção de contos sobre um espião cabeludo, distante e sofisticado, chamado Ashenden, (1928), livro que posteriormente Ian Fleming citaria como uma de suas influências para criar seu famoso James Bond. Em 1928, adquiriu a Villa Mauresqe, na Riviera Francesa, que seria a sua casa para o resto da vida e um dos melhores salões sociais e literários dos anos 1920 e 3o. Sua produção continuou sendo prodigiosa. Por volta de 1940, com a tomada da França pelos alemães, foi forçado a abandonar a Riviera, e converteu-se em um "refugiado". Nessa época era um dos escritores em língua inglesa mais famosos do mundo e também um dos mais ricos. Em seguida passou a viver nos EUA. Foi um dos primeiros escritores a conseguir lucros significativos com as adaptações cinematográficas de suas obras. Em 1946, retorna à sua vila francesa. O êxito comercial, as produções teatrais de sucesso e uma grande série de adaptações cinematográficas, além de pródigos investimentos, permitiram-lhe uma vida muito confortável. No entanto, apesar de seus trunfos, jamais conseguiu um elevado respeito por parte dos críticos e companheiros escritores. Esses atribuíam uma carência de lirismo a sua obra, além de criticaram o reduzido vocabulário e um uso pobre da metáfora. Contudo, escrevia em um estilo direto. Não há nada em qualquer de seus livros que necessite de explicação ao público por parte dos críticos. Seu pensamento era claro e seu estilo lúcido. Expressava assertivas e, em algumas ocasiões, opiniões em uma prosa bonita e civilizada. Escreveu em um período em que a literatura modernista experimental, como a de William Faulkner, Thomas Mann, James Joyce e Virginia Woolf, ia ganhando popularidade e respeito da crítica. Nesse contexto, sua prosa foi qualificada como um "tecido de clichês de que só maravilha a capacidade do autor de envolver tantos e tantos e sua infalível incapacidade de contar qualquer coisa de maneira original", por Gore Vidal, num artigo de 1990, no The New York Review of Books. Um dos poucos escritores posteriores que reconheceram a influência de Maugham foi Anthony Burgess, autor de livros como Laranja Mecânica e Sementes Malditas, que incluiu um complexo e fictício retrato de Maugham na novela Earthly Powers. George Orwell também manifestou que seu estilo recebeu influências de Maugham. O norte-americano Paul Theroux, em sua coletânea de contos The Consul's File, atualiza o mundo colonial do escritor britânico em um ambiente de expatriados na modern Malásia. Principais obras: Narrativas, romances, etc.:O Herói (1901), The Bishop's Apron (1906), The Explorer (1908), Of Human Bondage (Servidão Humana) (1915), The Trembling of a Leaf (1921), A Casuarina (1926), A Carta (História de um Crime) (1930), (1930), The Book Bag (1932), The Judgement Seat (1934), Histórias dos Mares do Sul (1936), The Summing Up (1938), As Três Mulheres de Antibes (1940), A Indomável (1944), O Fio da Navalha (1944), Treatures of Circumstance (1947), Quartet (1948), Great Novelists and Their Novels (1948), Ponto de Vista (1951), The Vagrant Mood (1952), Purely for My Pleasure (1962). No teatro destacam-se: A Man of Honour (1903), Penelope (1912), The Tenth Man (1913), The Land of Promise (1913), The Unknown (1920), East of Suez (1922), Home and Beauty (1923), Leaves and Fishes (1924), The Constant Wife (1927), The Sacred Flame (1928) The Bread-Winner (1930), For Services Rendered (1932)   e Sheppey (1933). Faleceu em 16/12/1965.

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