Érico Lopes Verissimo
Nasceu em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, em 17 de dezembro de 1905. Foi na sua época (e depois de Jorge Amado) o escritor mais traduzido no exterior. Considerava-se apenas um contador de histórias, como aliás foi durante algum tempo na Rádio Farroupilha, narrando histórias infantis no programa Clube dos três porquinhos. O romance O tempo e o vento é considerado um dos clássicos da literatura brasileira. Foi premiado diversas vezes: recebeu o Prêmio Machado de Assis”, da Academia Brasileira de Letras, em 1954, e Juca Pato, da Câmara Brasileira do Livro, em 1968. Sua última obra, Solo de clarineta, livro de memórias que deveria conter três volumes, permaneceu incompleta com apenas dois. De sua obra, podem-se citar Olhai os lírios do campo (1938), o primeiro grande sucesso; O senhor embaixador (1965), em que o autor se desloca dos pampas para o cenário internacional e Incidente em Antares (1971), no qual retoma a interpretação da realidade política brasileira numa linguagem crítica e bem-humorada sobre as restrições ao livre pensamento e ideais democráticos na época mais severa da ditadura militar que governava o país. Faleceu em 1975. O autor é relembrado constantemente como um dos grandes da literatura brasileira. Em 1999 foi editado um ensaio sobre Verissimo, com comentários e uma coletânea de suas entrevistas: A Liberdade de Escrever.
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